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Marcos Tavares

Dissequemos essa história, como diria o eminente legista. O que a Paraíba tem a ganhar patrocinando parte do desfile da Vila Isabel? Será que a citação do Estado e suas belezas naturais em minutos de desfile em cadeia nacional pode incrementar nosso turismo? Tenho cá minhas dúvidas. Quando prefeito, o senador Cícero Lucena tentou a mesma estratégia, mas os números não relevaram essa descoberta da cidade e do Estado depois que o samba passou na avenida. Outro ponto relevante é que a administração Ricardo sempre se mostrou avessa a patrocinar carnavais locais, então por que patrocinar o do Rio?

Em primeiro lugar, se essa hipótese existe e se vamos entrar nessa aventura, ela tem de ser o mais transparente possível, diáfana para que não pesem dúvidas sobre os fins da operação e, sobretudo seus meios. Deve-se amarrar tudo bem amarrado com a direção da escola de samba para que cada centavo investido retorne em vantagens para nossa divulgação, ou não teremos feito nada a mais do que prestigiar a Vila de Noel. Afinal não é uma soma desprezível a ser investida em benefício do nosso turismo.

As escolas têm adotado essa maneira de se remunerarem e não são raros os Estados e cidades que já abriram seus cofres para serem vistos na avenida. Resta saber se em meio a uma seca inclemente, a uma violência nunca vista, com problemas de estrutura pendentes podemos abrir o bolso para investir nesse tipo de promoção ou se isso não agrediria nossa pobreza. Como temos tempo de sobra para discutir e rediscutir o tema, fiquemos apenas nas divagações enquanto decidimos com que roupa vamos ao samba que Noel nos convidou.

Custos

A nova Camará vai ter um custo de cerca de cem milhões. Isso nos dá uma ideia de como a coisa pública é tratada. Fizeram a primeira Camará no Governo Maranhão e ela não resistiu nem ao primeiro inverno e desabou matando e inundando.

Agora ela será reconstruída a esse preço astronômico, mas ninguém até agora foi punido pelo fracasso da primeira empreitada, nem na área administrativa estadual nem na área privada.

É o dinheiro do trabalhador levado na enxurrada, pois alguma coisa de errado foi feita na construção da barragem para que ela rompesse tão facilmente. Quem paga o pato?!

Suspense

Agra estica o quanto pode o suspense para que se saiba em qual legenda vai pousar. E faz certo.
Assim que ele decidir e tiver endereço certo, os outros partidos vão partir para lhe arrancar o couro.

Por isso ele prolata o prazo enquanto pode e namora todas as siglas e assim é poupado por quem um dia pode ser seu companheiro e por isso mesmo, não quer atritos.

Uma boa jogada.

Convivência

Até quando durará a paz selada entre as secretarias de Saúde municipal e estadual?

Não depende só dos dois gestores, pois as brigas começam mais em cima.

Debandada

Nada menos que 30 mil detentos podem ser soltos, pois faltam vagas para eles no sistema prisional.
São condenados do regime semiaberto que o STF quer mandar para casa, punindo assim o descaso do Estado para com o sistema.

Na Rua

A Unimed começa a sentir a concorrência de planos de saúde novos que desembarcam nessas praias.

E cuidou de reforçar sua estrutura publicitária com maior presença na mídia.

Tema

A mudança de administração do HU pode ser o tema que os professores, alunos e funcionários esperavam para criar problemas para a nova reitora.

Eleita com uma pequena margem de votos, ela realmente tem dificuldades em representar a comunidade universitária.

Familiar

Política, na Paraíba, é coisa de família. Assim o acham Maranhão que transformou o PMDB na cozinha de sua casa e Damião Feliciano outro que trata a legenda do PDT como coisa sua.

Retorno

Talibãs – depois de um longo jejum – reivindicam atentado que derrubou avião no Afeganistão.

Bin Laden – como Elvis – não morreu…

Frases…

Chocante – Instalação elétrica e instalação de artes. Ambas dão choque.

Contrários – Os outros possuem o terrível costume de não pensar como nós.

Dominical – Uma segunda que se preze deve ter ressaca e depressão.