Espanha

Profissionais do sexo estão se especializando em atendimento a pessoas com deficiência; entenda

Foto: Reprodução/Instagram

Uma reportagem publicada pelo G1 neste sábado (8) mostra que profissionais do sexo estão se especializando para atender pessoas com deficiência. O portal entrevistou a espanhola Mon Silva, de 28 anos, que tem mestrado em pedagogia, mas nos últimos três anos tem atuado como assistente sexual de pessoas com deficiência.

Ela explicou que alguns do seus clientes sequer têm acesso ao próprio corpo, por exemplo, com dificuldade para se masturbar.

“É um acompanhamento sexual para pessoas com deficiências que não têm autonomia suficiente para poder explorar o próprio corpo e que têm mobilidade tão reduzida que não conseguem se masturbar. Eu não fico nua, não há interações com meu corpo, eu faço massagem para que descubram as diferentes zonas erógenas que têm no corpo, não são só os genitais, e depois eu os acompanho na masturbação”, explanou.

Ela citou que sentiu receio no começo, mas que depois de se envolver com outros ativistas da causa, acabou se tornando uma porta-voz dos assistentes sexuais. Mon escreveu um livro sobre o tema.

Atividades como a de Mon têm ganhado visibilidade mundo afora. A Espanha é um país que discute esse tema, inclusive com uma organização chamada Asistencia Sexual. Outro país é a Austrália, que tem a organização Touching Base, em atuação há mais de 20 anos. Essas instituições buscam ajudar pessoas com deficiências. No Brasil, no entanto, não há uma organização com o mesmo intuito.

Na Espanha, essa é uma atividade não regulamentada, e por isso, as pessoas atendidas precisam pagar pelo serviço. Já na Austrália, as pessoas com deficiências recebem um auxílio do governo, e uma parte deles usa esse dinheiro para os serviços dos assistentes.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba