Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de crianças com mobilidade reduzida, a graduanda em psicologia, Tatiana Matias, elaborou um projeto para ser inserido em João Pessoa, que envolve um trabalho conjunto entre psicólogos, atletas, pais e crianças com algum tipo de deficiência, mas, querem praticar esporte. O Projeto Esporte e Inclusão com psicologia, voltado para crianças permitirá a prática de modalidades esportivas e superação dos limites.
Em diálogo com mães e pais de crianças autistas e neuroatípicas, Tatiana Matias identificou essa falta de acompanhamento psicológico.
“Primeiro, a psicologia irá identificar o esporte que mais se adequa a necessidade das crianças, acompanhar a forma de se comunicar corretamente, garantir o desenvolvimento e o equilíbrio emocional, fornecer apoio na lida com os fatores psicológicos que influem no dia a dia. No esporte vemos atletas autistas tanto nas Olimpíadas, quanto nas Paralimpíadas e também nas Olimpíadas especiais (Special Olympics). O diagnóstico de algum transtorno, doença, ou a falta de mobilidade não é um critério elegível e tampouco inelegível para participação em qualquer prática esportiva, portanto, a psicologia visa incentivar e auxiliar, até no momento de escolher o melhor esporte para ser praticado”, disse Tatiana.
A psicologia do esporte tem um direcionamento situacional e trabalha nessa vertente, através de ferramentas estratégicas, para manejar determinadas situações de como lidar com o comportamento de pessoas, que por exemplo, possuem o Transtorno do Espectro Autista. Lembrando que o transtorno não está direcionado apenas para o autismo e sim com os transtornos do neurodesenvolvimento, no qual ocorrem dificuldades específicas que podem cometer o indivíduo. Mas essas dificuldades não impedem que isso possa ser aprendido. Não impede que possa ser ensinado através de treinos comportamentais, atrelados ao esporte.
Tatiana aponta que a união do trabalho do psicólogo com o profissional de educação física, irá garantir treinos das habilidades sociais.
“Como lidar em público, com muitas pessoas, em ambientes barulhentos ou algo nesse sentido. Habilidade social através de um processo de psicoeducação, também conscientizando as pessoas ao redor, para que se tornem conscientes da condição de cada criança. Não reagindo numa perspectiva de limitação, com receio da dificuldade seja relacionada a incapacidade. Assim, haverá um processo de estímulo corporal e, uma vez que o processo de estímulo tenha ganhos significativos, no processo de interação de desenvolvimento de autoconhecimento, estará cada vez mais alinhado com as práticas mais usuais ou mais adaptativas”, finalizou Tatiana.
O projeto será apresentado a banca de psicologia da Faculdade Facene Famene, e em seguida à secretaria de esportes de João Pessoa.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba