Sete trechos de praias estão impróprios para banho no Litoral da Paraíba, conforme relatório de balneabilidade divulgado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). De acordo com o relatório, são seis áreas localizadas em João Pessoa e uma em Pitimbu.
Os outros pontos monitorados, situados em Mataraca, Baía da Traição, Rio Tinto, Lucena, Cabedelo e Conde tiveram a qualidade das águas classificada como própria.
A análise da balneabilidade da água foi realizada entre os dias 26 e 29 de junho e é válida até o dia 7 de julho, quando haverá uma nova divulgação de relatório. As demais praias da Paraíba monitoradas continuamente pela Sudema estão liberadas para o banho.
Lista de praias da Paraíba impróprias para banho
Praias em João Pessoa
Bessa I – em frente à desembocadura do maceió do Bessa
Bessa II – Final da Av. Gov. Flávio Ribeiro Coutinho
Manaíra – Em frente ao N° 315 da Av. João Maurício
Manaíra – no final da avenida Ruy Carneiro
Farol do Cabo Branco – em frente à galeria de águas pluviais
Arraial – em frente à desembocadura do Rio Cuiá
Praia em Pitimbu
Maceió, em frente à desembocadura do riacho Engenho Velho
O que é balneabilidade de praias da Paraíba?
De acordo com a Sudema, a balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, que são atividades de contato direto e prolongado com a água (banho, natação, mergulho, pesca, etc), onde existe a possibilidade de ingestão.
Para a avaliação, é necessário o estabelecimento de critérios objetivos, que devem se basear em indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-estabelecidos, para que se possa identificar se determinado local é favorável ou não.
Os corpos d’água contaminados por esgoto doméstico, por exemplo, podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.
Doenças transmissíveis em praias com água contaminada
Doenças transmissíveis por meio de água contaminada são uma preocupação em praias. Embora a maioria das doenças relacionadas ao banho não seja grave, elas podem causar uma variedade de sintomas, como enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre.
Além disso, infecções em áreas como os olhos, ouvidos, nariz e garganta também são possíveis. Em praias altamente contaminadas, os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, incluindo disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide.
A contaminação da água pode ocorrer de várias formas, como esgoto não tratado, descarga inadequada de resíduos e poluição causada por atividades humanas. A falta de infraestrutura sanitária adequada e o manejo inadequado dos resíduos são fatores contribuintes para a contaminação da água.
É essencial o monitoramento regular de qualidade da água e para que sejam tomadas medidas que minimizem as possibilidades de contaminação. Os banhistas também devem tomar precauções, como evitar engolir água, lavar as mãos antes de comer e após usar o banheiro, e procurar áreas de praia com melhores condições sanitárias.
A conscientização sobre os riscos associados à água contaminada é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos frequentadores das praias.
Soluções para praias da Paraíba impróprias ao banho
Marcelo Cavalcanti, Superintendente da Sudema, explica que nas áreas urbanas há dois tipos de soluções para o esgotamento sanitário: a drenagem pluvial e a rede pública de esgoto doméstico.
“Muitas vezes, a população confunde essas duas redes e liga o esgoto doméstico na rede de drenagem pluvial, o que causa contaminação. Isso é ainda mais evidente em regiões litorâneas, onde existe desembocadura da rede de drenagem. O crescimento da cidade também contribui para esse problema”, explica.
A Sudema tem projetos de educação ambiental, como o “Praia Limpa”, para conscientizar a população sobre a importância de não fazer lançamentos indevidos na rede pluvial.
“Quando esses lançamentos são feitos de forma proposital, a atuação é autuar os responsáveis por crime ambiental e obrigá-los a fazer a ligação no destino correto. Essas são as ações para manter as praias da Paraíba limpas”, completou.
Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba