Quem tem medo de Marina?

Marcos Tavares

Pode até ser fantasia das oposições a tese de que Dilma e seu PT tentam obstaculizar a candidatura de Marina manobrando para que se impeça e se entrave a criação de um novo partido. Mas uma coisa é real. O Planalto teme Marina, a nossa Madre Tereza com seu frágil ar de quem desfila a insustentável leveza do ser, um ser tanto político como humano. É que o PT relembra a trajetória de Lula que também começou desacreditado e medonho e acabou como uma realidade dócil que não fez mais medo a elite nacional. Marina, já na segunda tentativa de eleição, pode estar percorrendo esse mesmo caminho e crescendo a cada pleito, à medida que aumenta a desilusão com o PT.

Marina não tem a densidade política que Lula já tinha conquistado. Ela é um nome e uma esperança, mas nesse país de desesperanças e de sebastianismo, vez em quando, o eleitorado resolve que uma pessoa vai melhorar o Brasil. Fez isso com Collor, com o próprio Lula e poderá fazê-lo com Marina, que traz impregnada a sua campanha a atual mensagem de ecologia que envolve e motiva a juventude. Marina não é uma grande adversária, mas pode vir a ser num futuro breve, e parece que é esse futuro que incomoda Dilma.

Não se sabe a que vem esse partido novo que Marina pretende criar e que já nasce diferente até no nome. Sabe-se, porém, que o PT depois do mensalão, depois de Rosemary e de tantas maracutaias, não é a mais a esperança de nenhum brasileiro. É um partido igual ou pior do que os antigos, maculado por toda sorte de vícios. Nesse terreno, a mensagem de Marina, sem grandes compromissos e sem promessas mirabolantes além de preservar o verde, pode encontrar terreno fértil, pois já dizia Caminha, que aqui, em se plantando, tudo dá.

Informação

Informar errado é desinformar. Li e ouvi vários veículos falando em “privatização” do HU. Nada menos certo. Privatizar é entregar a administração privada, e o Hospital Lauro Wanderley vai ser regido por uma estatal, a Ebserh, o que significa que ficará sob a tutela do Governo Federal.

Como se vê, muda pouca coisa, apenas o HU sai do guarda-chuva da UFPB e transfere-se para outro administrador, criado especialmente para gerenciar hospitais escolas.

Se isso é um avanço ou um retrocesso, somente o tempo dirá, de acordo com os caminhos que a nova empresa adote para o HU. O resto é conversa errada.

Não é vero

Fazer oposição requer bom senso e, sobretudo, nunca atropelar a verdade. Dizer que o Governo de Ricardo Coutinho cortou o “rancho” dos policiais é má fé ou desinformação.

Apenas a gratificação foi incorporada noutra rubrica e até aumentada.

Fazer oposição por fazer, ser contra por que é moda, desacredita qualquer discurso.
Inclusive o da oposição, que não precisa procurar ou criar erros para existir. Basta explorar os existentes.

Festança

Nossa festiva Prefeitura já começa a planejar seu São João, dessa vez descentralizado.

A capital é uma festa!

Doutor