O mercado de comunicação paraibano precisa de um freio de arrumação
Foi-se o tempo em que o ainda incipiente mercado de comunicação paraibano era composto apenas por anunciantes, agências, veículos e fornecedores.
Entendendo-se veículos por jornal, rádio e TV, aqui dispostos pela ordem de surgimento e que chamamos de mídia tradicional ou raiz, hoje acrescentamos o jornalismo online e aí reside o problemão que engessou o planejamento de mídia, sobrecarregou o faturamento e dispersou as verbas.
Estimulados ao empreendedorismo, jornalistas demitidos das redações do extinto jornalismo impresso de uma hora para outra viraram pessoas jurídicas e passaram a pleitear um pedaço do bolo publicitário do já combalido setor público do mercado.
Se fossem algumas dezenas, estava justificado e viabilizado, mas os blogs e portais passam de uma centena e continuam a se replicar como coelhos e ninguém sabe aonde isso vai parar.
O que fazer para diferenciar jornalismo online de qualidade e relevância da simples extorsão do que virou nas Secoms, verdadeiras filas do auxílio emergencial, bolsas família ou simplesmente do INSS?
Cabos eleitorais criam um site a cada hora e nos quatro cantos da Paraíba gestores são abordados e, na maioria das vezes, com medo do tribunal da internet disponibilizam um peitinho para a “Imprensa” de araque.
A pergunta é: até quando o Tribunal de Contas vai fechar os olhos para esse novo jeitinho de acomodar bajuladores e até quando a imprensa séria e profissional vai permitir que seu espaço seja invadido e destruído por charlatões?
Chegou a hora da verdade subir o tom e a mentira ser colocada no seu devido lugar.
Até quando vamos ficar calados e assistindo a desmoralização da imprensa profissional e constitucional sendo substituída pela picaretagem digital?
Até quanto vamos ficar sem fazer nada
Fonte: Dércio Alcântara
Créditos: Polêmica Paraíba