Punindo a barbárie

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Marcos Tavares

Como todos discutem a redução da maioridade penal, também entro nessa seara, mesmo desprovido dos conhecimentos elementares do Direito. Na minha modesta e indevida opinião, baixar para 16 anos a idade penal apenas vai levar as quadrilhas a contratarem menores de 14 e 15 anos e assim continuar driblando a lei. Nesse caso, teremos de ir baixando a idade paulatinamente até atingir o berço, o que é inviável e impossível. Assim, deixemos de lado a idade e comecemos a pensar na gravidade dos crimes. Por esse caminho, creio que a sociedade conseguirá frutos e dará ao menor a responsabilidade.

Crimes bárbaros como o cometido contra a dentista em São Paulo, latrocínios e assassinatos com requintes de perversidade seriam casos de penas longas independente da idade de quem o praticou. E mais. Nesses casos, acabar-se-ia o regime de progressão da pena que no Brasil se constituiu uma porta de saída para os criminosos. Quem fosse condenado a 20 ou 30 anos, cumpriria essa pena em reclusão, mesmo que seu comportamento fosse de um anjo, pois a realidade mostra que, ao serem soltos, 90% dos apenados voltam a delinquir.

Puniria-se, assim, crueldade, a banalização da vida, e se daria um fim a esse expediente adotado pelas quadrilhas de disporem sempre de um menor em seus quadros disposto a assumir os crimes mais bárbaros na certeza de impunidade. Punidos severamente, independente de quantos anos tivessem, eles diminuiriam esse ritmo louco de violência e pensariam duas vezes antes de se tornarem um joguete manipulado nas mãos de criminosos mais velhos.


Nome

Manda o bom senso que quem está na disputa majoritária seja modesto e parcimonioso ao apoiar nomes para a eleição minoritária, ou correrá o risco de ser esquecido pelos não indicados.
Ricardo não faz isso. Ele claramente empina o nome da secretária Estelizabel para uma vaga na Assembleia e isso começou a gerar antipatia de outros candidatos ao mesmo posto que não entendem essa graciosa preferência governamental.
Isso pode até levar Estela a um mandato de deputada, mas pode custar ao governador uma bancada, já que os seus outros correligionários se sentirão diminuídos por esse esquecimento.
Equívoco
Maranhão sempre trata o esquecimento do nome de Veneziano para uma reunião de cúpula do PMDB como um equívoco.
E se igual equívoco se repetir na hora de se fazer a chapa? É estranho explicar – e querer que a gente entenda – como se esquece o nome do mais cotado para governador na legenda, justamente quando se discutiria esse assunto.
É bem lembrar, falando em esquecimento, que entre os problemas de Maranhão não está uma memória fraca.
Telefonia

O Ministério da Justiça já rastreou 940 telefones celulares no sistema prisional da Paraíba.
Podemos ser fracos em outros itens, mas em telefonia penitenciária somos imbatíveis.


Memória

A Paraíba esquece, mas o Brasil não. A Veja online requenta a denúncia sobre compras de cadeiras escolares superfaturadas.
Não foi na gestão desse secretário e a maracutaia custou dois milhões aos cofres públicos. Coisa feia!

Assanhados
Os tucanos se assanham e assanham a imprensa com a divulgação de uma bomba na convenção partidária do próximo dia onze.
Tem tudo para essa bomba terminar num traque.

Emblema
Caiu outra vez a cabeceira da Ponte do Boi Morto.
Essa ponte é um ícone emblemático do serviço público. Passou anos para ser reconstruída e já voou com as primeiras águas.

Arretada
Dilma descobriu o Nordeste. Ou melhor, descobriu que o Nordeste pensa, e com isso começa a visitar toda a região.
Uma obra estruturante, como a transposição, valeria por mil visitas.

Bom por demais
Wilson Santiago gostou do Senado e gostou tanto que faz de tudo para ter seu nome na chapa majoritária.
Inclusive achegar-se a Ricardo, mesmo sabendo que Cássio é uma pedra no caminho.
Frases…

Comprimindo – A pílula fez mais pelas mulheres do que mil discursos feministas.
Perdidos – Cada dia que passa é uma perda irreparável.
Desalmados – Dizem que a propaganda é a alma do negócio. Desde quando negócio tem alma?