Desde meados do mês de abril, quando o governador João Azevedo e todo o seu staff político promoveu um encontro para as novas filiações partidárias ao PSB, em que se filiou 73 novos prefeitos – agora chegando a um total de 78 chefes de executivos paraibanos – causou um verdadeiro frenesi em outros partidos, a exemplo do União Brasil, que percebendo a possibilidade de perder espaço, imediatamente promoveu uma reunião para também filiar em seus quadros partidários alguns prefeitos, como André Gomes de Boa Vista, Expedito Cesário de Triunfo e Félix Henrique de Santa Inês, entre outras lideranças.
Na oportunidade, o senador Efraim Filho disse que ainda espera a confirmação da filiação do prefeito campinense, Bruno Cunha Lima. Ainda sobre a atual situação política que vem sendo vivenciada nos últimos dias na Paraíba, mesmo que de forma muito precoce, outro que parece ter acordado para uma nova realidade política é o senador Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto, vice-presidente do Senado Federal.
Atualmente, não temos dúvidas de que Vené é o paraibano com maior prestígio junto ao governo Lula. Ele começou a interação buscando os recursos que ele consegue com a prática de ir até onde esses recursos chegam, ou seja, é o dinheiro sendo liberado e Vené chegando junto aos prefeitos. Com certeza, essa prática trará grandes frutos de reconhecimento da população. Talvez seja por essa nova postura que o senador Veneziano tenha para conquistar várias filiações em sua agremiação partidária (MDB).
Observando todas essas movimentações, o partido Republicanos, leia-se, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano César Galdino de Araújo, também começou a fazer projeções para o futuro numa forma de mostrar que o seu partido está atento a essas articulações. Adriano Galdino disse recentemente no Programa de Rádio “60 minutos”, da Rádio Arapuan, que em 2026 o deputado federal Hugo Motta, presidente de seu partido (republicanos), poderá disputar uma vaga de Governador ou mesmo de Senador, mas já anunciando de forma antecipada seu apoio incondicional à candidatura ao Senado de João Azevedo, caso ele deixe o governo em 2026.
Ainda na entrevista, o presidente do Poder Legislativo deixou transparecer nas entrelinhas que o seu partido não deverá apoiar a reeleição do atual vice-governador Lucas Ribeiro, caso ele venha a assumir o cargo em 2026 com a saída do governador João Azevedo. Ele ainda conjecturou a hipótese de Hugo Motta ser o candidato ao governo com o deputado Aguinaldo Ribeiro como senador e a senadora Daniella Ribeiro vir a disputar a Câmara Federal com Lucas Ribeiro no comando do Governo.
Diante de todas essas concatenações apresentadas pelos mais diversos partidos da Paraíba, a pergunta que fica é: Como os Progressistas e os Ribeiros estão vendo tudo isso? Qual é a movimentação que o partido vai fazer diante de toda essa avalanche de negociações? Uma coisa é fato: inerte a sigla não fica, a demonstração foi dada já neste fim de semana quando a senadora Daniella Ribeiro deu uma alfinetada na possível união entre o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e o senador Veneziano Vital, quando disse: “Estou louca para saber como vão ficar os processos de um contra o outro; e quando forem resgatadas as falas de um contra o outro? Meu Deus do céu”.
Isso é apenas um aquecimento do que virá no próximo ano em Campina Grande.
Porém, o partido Progressistas tem em seu presidente partidário na Paraíba, um parlamentar bastante experiente, como é o caso de Aguinaldo Ribeiro. Ele junto com a senadora Daniella Ribeiro (PSD) e o vice-governador Lucas Ribeiro, já devem estar se reunindo, inclusive, com o indócil e sábio, ex-deputado Enivaldo Ribeiro, o deputado Mersinho Lucena, o prefeito Cícero Lucena de João Pessoa, Sobrinho de Alagoa Grande, Nobinho de Esperança, e outras lideranças do partido para promoverem em breve um grande encontro para realizarem novas filiações para os Progressistas e também mostrar a força do partido no Estado, pois o momento é de aumentar a composição partidária, pois 2024 é um preparativo para 2026, e os Progressistas, mesmo tendo um dos maiores estrategistas políticos do Estado, que é Aguinaldo Ribeiro, precisa mostrar para os seus correligionários a sua força, do contrário, poderá ser ofuscado, principalmente diante da mídia.
É como diz o velho ditado: “Quem não é visto, não é lembrado”. As eleições de 2024 e 2026 estão logo ali, e quem viver, verá!
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba