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Dado como morto: Exército paga pensão de R$ 22 mil à esposa de Ailton Barros

Foto: Reprodução

O advogado e militar da reserva, Ailton Barros, preso esta semana por operação da Polícia Federal que investiga a inserção de dados falsos de vacinas nos sistemas do Ministério da Saúde, é dado como morto pelo Exército. A informação foi revelada pela Globonews.

Desde setembro do ano passado, ao menos, a esposa do militar recebe pensão pela “morte” do marido. Os valores repassados são de R$ 22 mil brutos por mês, cerca de R$ 14 mil líquidos.

Documentos do Superior Tribunal Militar mostram que Ailton foi expulso da corporação em 2006, e que ele já havia sido preso pelo menos sete vezes desde 1997, até a expulsão. Em seu último ano no Exército, reportagens mostraram a participação do então militar em um caso de desvio de armas do Exército para traficantes do Rio de Janeiro.

Antes de ser preso pela PF acusado de intermediar inserção de dados falsos em cartões de vacinação da Covid-19, o capitão reformado do Exército já havia sido investigado por suposto acordo com narcotraficantes e expulso do Exército após uma série de punições disciplinares, que incluíam tentativa de abuso sexual de civis em acampamentos militares, mentiras em depoimentos e humilhação de colegas de menor patente.

Sem a farda, tornou-se advogado e ganhou certa notoriedade por defender Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, morto no Rio de Janeiro, em março de 2021. Leniel foi o maior doador da campanha de Barros a deputado estadual pelo PL, em 2022: R$ 3 mil. Os outros R$ 2,5 mil foram doados pelo partido, o mesmo de Bolsonaro.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com Carta Capital