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Adelson Barbosa e equipe

Cássio vai repetir o erro do pai ?

O cenário político desenhado hoje para 2014 está parecido com aquele de 1998. Naquela época, José Maranhão era governador aliado do então ex-governador Ronaldo Cunha Lima, dentro de um partido forte, omPMDB. Maranhão era vice e tinha assumido três anos, em consequência da morte do governador Antônio Mariz. Tomou gosto pelo cargo, resolveu disputar a reeleição e partiu para o enfrentamento com Ronaldo Cunha Lima, que também queria o governo.

Dos dois lados, bajuladores resolveram colocar gasolina no fogo. Não deu outra: com temperamento explosivo, Ronaldo abanou a cara de Maranhão numa festa e começou o rompimento que contemplou o então governador com mais um mandato e expôs ogrupo Cunha Lima a uma situação vexatória.

O cenário de hoje tem o governador Ricardo Coutinho com direito à reeleição. Tem também o aliado Cássio Cunha Lima. Aliados de Ricardo, como os de Maranhão em 98, querem que ele seja governador de novo. Aliados de Cássio também querem o mesmo.

Resta saber se Cássio vai repetir o pai e partir para o enfrentamento. Se assim fizer, passará por outro vexame 16 anos depois.

A história…

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O que houve em 1998, mais precisamente, 18 de Março, no salão de festas do Clube Campestre em Campina Grande, o flagra fotográfico remete ao exato momento em que o então senador Ronaldo Cunha Lima discursa para uma legião de asseclas do PMDB paraibano durante a comemoração de seu aniversário.

O dedo em “riste” cobrava do então governador José Maranhão uma postura mais enérgica na condução do governo do estado naquele momento.

Até hoje ninguém entendeu o que, de fato, o levou àquele constrangimento, selando definitivamente a bilateralidade da política paraibana, partindo das hostes peemedebistas.

Foi constrangedor, principalmente, para José Maranhão que, naquele momento, acabara de “presentear” Ronaldo Cunha Lima com a assinatura da ordem de serviços para conclusão do Hotel Turístico, hoje Garden Hotel, obra inconclusa no governo de Ronaldo, que somente foi concretizada anos mais tarde após a parceria com a empresa privada do setor de aviação TAM, no governo Cássio C. Lima.

Com o fim da aliança, fora quebrada a chapa já formada para disputa da reeleição em 1998, onde Ivandro Cunha Lima já estava sacramentado como candidato a vice-governador.