A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Campina Grande deve ajuizar, nos próximos dias, uma ação na Justiça contra a representantes da empresa Fiji Solutions, em meio ao impasse do não pagamento a consumidores que investiram em criptomoeadas.
A informação sobre o ajuizamento da ação foi confirmada pelo promotor Sócrates Agra ao jornalista Gutemberg Cardoso.
O ajuizamento deve ocorrer após diversos prazos estabelecidos pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) terem sido descumpridos pela empresa, que alega a existência de ‘problemas técnicos’ com a exchange, ao justificar a inadimplência aos consumidores.
PRESSÃO DOS CONSUMIDORES
Conforme apuração da reportagem, a ação só não foi ajuizada ainda porque alguns consumidores, em apelo ao MP Procon, pedem que o promotor espere um pouco mais e apelam por um acordo entre os sócios da empresa. O objetivo é que consigam reaver valores investidos de forma cordial.
ENTENDA O CASO
Na última semana, em nota divulgada para a imprensa, o promotor informou que havia recebido e estava avaliando informações enviadas pela empresa antes de tomar as “medidas necessárias”.
Conforme noticiado, ainda no mês de março, a Fiji recebeu uma recomendação para fazer os pagamentos aos clientes em até 72 horas, prazo que se esgotou no dia 20. As reclamações tiveram início no dia 10 do mês passado.
Depois, a Fiji informou ao MP que iniciaria os pagamentos aos clientes o dia 23 do mesmo mês, previsão que também não se concretizou. “A empresa assegurou que ainda estava tendo problemas técnicos e, por isso, não cumpriu o prazo inicialmente recomendado para cumprir seus compromissos”, disse o promotor Sócrates Agra na ocasião.
De acordo com o promotor, em uma primeira audiência houve a participação de todos os sócios da empresa, seja de maneira presencial ou virtual, incluindo Bueno Aires, o proprietário da empresa. Todos se empenharam em resolver a situação.
Sócio tenta acordo
Ao jornalista Gutemberg Cardoso, o diretor financeiro da Fiji, Breno Azevedo, informou que enviou uma tentativa de acordo extrajudicial para os advogados do proprietário da empresa, Bueno Aires. “Não quero deixar de tentar nenhuma alternativa”, disse.
Os sócios da empresa estão em rota de colisão pública sobre o não pagamento dos investimentos.
O pedido, no entanto, foi negado pela juíza da 6ª Vara Cível de Campina Grande, Giuliana Madruga Batista.
O caso
Trata-se de um novo caso envolvendo irregularidades no pagamento a investidores de criptoativos que entrou na mira das autoridades da Paraíba, na esteira do escândalo que envolve a Braiscompany, também sediada em Campina Grande e que desde o fim do ano passado não tem repassado a clientes valores referentes ao aluguém de criptoativos. As reclamações dos clientes tiveram início no dia 10 de março.
Outro lado
Procurada, a defesa de Bueno Aires não se manifestou até a publicação da reportagem, às 17h43. O texto será atualizado caso a nota solicitada pela reportagem seja enviada.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba