Investigado por surrupiar joias dadas pela ditadura da Arábia Saudita, Jair Bolsonaro (PL) adiou o retorno ao Brasil mais uma vez e agora faz exigências ao PL – partido em que se encontra em atrito por causa de eventual candidatura de Michelle Bolsonaro em 2026 – para ser recebido no país em abril. Na semana passada, o ex-presidente disse que estudava voltar no dia 29 de março.
Antes de voltar das “férias” nos EUA, para onde fugiu no fim de dezembro para não entregar a faixa presidencial a Lula, Bolsonaro articula com assessores um plano para entregar de forma “discreta” as joias, o fuzil e a pistola que foram desviadas por ele ao governo federal.
Em decisão na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu prazo de cinco dias para Bolsonaro entregar o estojo com relógio e joias no valor estimado de R$ 400 mil dado de presente pelos sauditas – e incorporado a seu acervo pessoal. O prazo passa a contar a partir da notificação da defesa do ex-presidente, que alega ainda não ter sido oficialmente avisada pelo TCU.
As joias devem ser entregues à Secretaria Geral da presidência, destinadas ao Gabinete Pessoal do presidente para incorporação ao patrimônio da União, conforme decidiu o TCU. Além do conjunto de joias, que inclui (uma caneta, um relógio, um anel, um par de abotoaduras e um rosário, Bolsonaro terá que devolver o fuzil e a pistola que teria trazido em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Uma saída avaliada pela defesa de Bolsonaro, segundo o jornal o Globo, seria doar parte de seu acervo ou criar uma fundação.
O ex-presidente quer que os presentes sauditas sejam devolvidos de forma discreta para que possa voltar com “festa” ao Brasil no mês de abril.
Em contato com o PL, via Michelle, Bolsonaro quer um plano de ação para recepcioná-lo no Brasil que inclui motociatas e viagens ao Nordeste. A viagem, segundo O Globo, deve começar por Maceió (AL), única capital nordestina em que ele venceu Lula em 2022.
O PL, por sua vez, pretende usar a imagem de Bolsonaro e sua penetração na extrema-direita para tentar inflar o número de prefeituras do partido em 2024.
“A ideia é fazer uma verdadeira força-tarefa pelo Brasil, reforçando o papel de Bolsonaro como o grande líder da direita. Os deputados de cada estado vão acompanhar Bolsonaro, impulsionando essas visitas, existe a possibilidade de fazermos novas motociatas, inclusive. A Michelle não é candidata a nada, mas é a nossa liderança feminina, que certamente vai ajudar muito neste trabalho”, disse a O Globo o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder da sigla na Câmara.
Com informações do jornal O Globo
Fonte: Polêmica Paraíba com fórum
Créditos: Polêmica Paraíba