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Paraibanos presos durante ato de 8 de Janeiro sofrem com problemas de saúde e não recebem devida assitência, diz advogado Ricardo Alvarenga  

Mércia Cruz Mesquita e Epaminodas Nunes Filho, presos em Brasília após atos do dia 8 de Janeiro, em Brasília, efrentam problemas de saúde e não estão sendo assistidos devidamente, tanto pelo sistema de saúde, quanto pelos direitos humanos, é o que enfatiza o advogado de defesa dos paraibanos presos em Brasília, Ricardo Alvarenga. “Cade os direitos humanos”, diz Alvarenga, destacando que eles não receberam uma visita da categoria. “Atendimento precário de saúde”, ressaltou ele.

“O tacografo do Ônibus prova que não dava tempo dos paraibanos saírem do QG e chegarem na esplanada”, ressaltou ainda o advogado Ricardo Alvarenga que diz que nenhum dos paraibanos participou da invasão aos prédios em Brasília.

Epaminodas foi atingido por uma bala de borracha durante os atos, ele diz que perdeu a visão do olho esquerdo e ressaltou que não adentrou em nenhum dos prédios públicos durante o ato.

Já Mercia Cruz Mesquita, tem um edema cerebral, sofre de  hipertensão, taquicardia e problema na válvula mitral “está com risco de morte , está na Ala D do Pavilhão 3 dá Colmeia no Gama”. O advogado de Mércia também ressalta que ela não participou da invasão dos órgãos públicos durante o ato de 8 de Janeiro.

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Alvarenga entrou com um pedido de audiência para tratar sobre o caso de Mércia, solicitando transferência para o Hospital Metropolitano, em João Pessoa.

“Apesar dos inúmeros pedidos para atendimento especial a esta cidadã, em Manifestação do Serviço Médico do SEAPE, o último relatório médico juntado aos autos foi juntado na data de hoje 01.03.2023, sendo que o ultimo atendimendo realizado a Sra Mércia é datado de 21.01.2023, e que após isso, SEU ESTADO DE SAÚDE AGRAVOU MUITO, motivo pelo qual, reiteramos e solicitamos a especial atenção de Vossa Excelência no sentido de autorizar a sua transferência para o HOSPITAL METROPOLITANO DE JOÃO PESSOA, Estado da Paraíba, considerando que o Ministro Alexandre de Moraes já autorizou a transferência de presos para as suas cidades de origem, o que, no caso em tela, propiciará o acompanhamento da paciente por parte da sua família”.

Veja o documento na íntegra aqui

Uma reportagem da “Folha Destra” revelou que manifestantes presas vivem situação precária e asituação foi denunciada na Defensoria Pública do DF.

A chefe da DPDF, Emmanuela Saboya, disse ainda que a Colmeia está com superlotação, e a alimentação das detentas é inapropriada.

Durante uma vistoria realizada na Colmeia, penitenciária feminina de Brasília, na semana passada, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) constatou uma série de irregularidades do ponto de vista dos direitos humanos.

Em uma das alas, que abriga 137 mulheres, há somente dois vasos sanitários e um chuveiro disponíveis. A chefe da DPDF, Emmanuela Saboya, disse ainda que a Colmeia está com superlotação, e a alimentação das detentas é inapropriada.

“Muitas presas nem conheciam Brasília e vieram para cá pensando em participar de uma passeata”, relatou Emmanuela. “São mulheres que têm filhos pequenos e pais idosos. Muitas têm comorbidades, problemas de saúde graves. Eu mesma entrevistei três que têm câncer e estão em tratamento.”

A chefe da DPDF ressaltou que muitas manifestantes presas precisam de remédios especiais, que não são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde. “As famílias moram longe e não têm como enviar essas medicações”, constatou Emmanuela. “Muitas pessoas, inclusive, estão em risco de perder seu trabalho, porque já faz mais de 30, 40 dias que não vão trabalhar.”

Outro problema identificado é a questão do direito de defesa. Segundo a chefe da DPDF, manifestantes presas relatam que não conseguem contato com seus advogados. Algumas delas, que foram presas no Quartel-General do Exército em 9 de fevereiro, dizem que foram obrigadas a entrar em ônibus e que não sabiam que estavam sendo presas — só se deram conta na Colmeia. As informações são da Revista Oeste.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba