Opinião

Eleições 2024: Uma disputa acirrada em João Pessoa - Por Gildo Araújo

As eleições de 2024 estão logo ali, porém para alguns políticos tradicionais, só se deve falar nisso no próximo ano, o que discordamos claramente, justamente porque gostamos de acompanhar o desenrolar dos fatos mediante a evolução do tempo.

Foto: Reprodução

As eleições de 2024 estão logo ali, porém para alguns políticos tradicionais, só se deve falar nisso no próximo ano, o que discordamos claramente, justamente porque gostamos de acompanhar o desenrolar dos fatos mediante a evolução do tempo.

No tocante, especificamente, sobre a nossa capital João Pessoa, nota-se pouca movimentação por parte do prefeito Cícero Lucena (PP) que, ao que parece, está mais centrado na gestão, tendo em vista que necessita correr contra o tempo, já que só resta um ano e dez meses para o término de sua gestão.

Em relação a política o “Caboclinho” tem que se articular o mais rápido possível para não ficar solitário. Cícero precisa urgentemente se definir em relação ao partido pelo qual pretende disputar as eleições. E talvez já esteja mais do que na hora de uma conversa mais avançada com o governador João Azevedo para uma possível filiação no Partido Socialista Brasileiro (PSB), já que ter o apoio do gestor paraibano é um passo importante para sua reeleição, embora comenta-se que Cícero Lucena e seu filho, o deputado federal Mersinho Lucena (PP), mesmo tendo apoiado a reeleição do governador João Azevedo, em nível nacional ambos estiveram discretamente apoiando Bolsonaro.

Outra interrogação que fica é saber se o atual vice-prefeito Léo Bezerra permanecerá na chapa, aliás, ultimamente o deputado Hervázio Bezerra (PSB), pai do vice-prefeito da capital, tem usado a Tribuna da Assembleia Legislativa para defender a gestão do prefeito Cícero Lucena, um sinal de que pode garantir a permanência de Léo ao lado de Cícero Lucena na disputa do próximo ano.

Para quem ocupa o Poder, é mais do que importante formatar suas estratégias, pois tem o domínio da máquina administrativa e por questões óbvias leva uma ligeira vantagem sobre seus adversários. Aliás, por falar em adversários, sabemos que existem vários pretendentes dentro do quadro oposicionista, principalmente no que podemos chamar de “bolsonaristas-raiz”. Inclusive, já se fala novamente no nome do ex-candidato a governador da Paraíba, Nilvan Ferreira ou do deputado federal Cabo Gilberto, ambos do (PL).

Outro nome que se comenta bastante na capital é o do deputado federal Ruy Carneiro (PSDB), e também, um outro agente político que vem ganhando musculatura na capital que é Pedro Cunha Lima, ex-candidato a governador pelo PSDB. E olhe que ainda tem o ex-prefeito de João Pessoa e atual deputado, Luciano Cartaxo (PT), o qual tem usado a Tribuna da Casa de Epitácio Pessoa para alfinetar a administração de Cícero na capital paraibana.

Só para servir de parâmetro, é relevante salientar que Pedro Cunha Lima foi vitorioso em João Pessoa na última eleição, onde venceu o atual governador João Azevedo, e isso tem um significado importante, pois se não houver uma união por parte da situação, poderá haver um revés para a Prefeitura de João Pessoa no próximo ano.

Quem vive em política sabe que tudo pode acontecer até lá. E mesmo estando ainda um pouco distante, já dá para se observar uma tímida movimentação nos bastidores, pois nem todo mundo quer divulgar de forma antecipada suas estratégias para o futuro.

Agora, para que o prefeito Cícero Lucena possa ganhar ainda mais musculatura para 2024, terá que se desdobrar em sua gestão pois, do contrário, poderá colocar tudo a perder. É preciso acelerar com as ações.

O fato é que não teremos eleições fáceis na capital, e pelo visto já dá para se notar que diante da quantidade de candidaturas já podemos até arriscar que, do ponto de vista de hoje, poderemos ter um segundo turno, e que o prefeito Cícero Lucena, pela estrutura de governo que possui, deverá está participando dessa disputa, a não ser que haja um “terremoto político” até as eleições… e tudo mude.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba