Opinião

Eleições 2024: A Hora e a vez das Oposições em Campina Grande - Por Gildo Araújo

Como já temos descrito, a política é de fato uma ciência demasiadamente dinâmica, dada a sua complexidade, e tudo pode mudar dependendo do comportamento dos atores nela inseridos. Vejamos o que vem acontecendo nos últimos anos com a cidade de Campina Grande, um lugar maravilhoso de se viver, que possui um povo bairrista, e a predominância de um conservadorismo político, onde o esquerdismo ainda possui resistência política, embora na eleição passada já se tenha quebrado alguns desses paradigmas com a vitória do presidente Lula na cidade.

 

Foto: Reprodução

Como já temos descrito, a política é de fato uma ciência demasiadamente dinâmica, dada a sua complexidade, e tudo pode mudar dependendo do comportamento dos atores nela inseridos. Vejamos o que vem acontecendo nos últimos anos com a cidade de Campina Grande, um lugar maravilhoso de se viver, que possui um povo bairrista, e a predominância de um conservadorismo político, onde o esquerdismo ainda possui resistência política, embora na eleição passada já se tenha quebrado alguns desses paradigmas com a vitória do presidente Lula na cidade.

O ponto é que é dentro dessa conjuntura política em que as oposições de Campina Grande tenta se apegar, pois, ao que parece, o comportamento do eleitorado campinense começa a dar demonstrações de que o município precisa avançar em vários aspectos socioeconômicos, pois já se observa, por exemplo, que a gestão da tradicional família Cunha Lima não é mais nenhuma “Brastemp” (padrão de qualidade), sendo fácil notar que as gerações que vêm sucedendo têm deixado muito a desejar, o que de forma jocosa poderíamos dizer que deixou de ser uma “Brastemp” para se tornar uma “Braiscompany”, empresa de investimento financeira localizada na cidade e que passa por momentos de difícil credibilidade junto aos seus clientes, e problema de credibilidade não só dentro da cidade de Campina Grande, mas em várias partes do País.

Somado a tudo isso, o povo campinense vem dando várias provas de insatisfações com a atual gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), devido a algumas intempéries que vêm ocorrendo nesses últimos dois anos, o que deixa o município asfixiado em seu desenvolvimento.

A propósito disso, basta ver os recentes constrangimentos, inclusive, de grande repercussão na mídia, como foi o caso do bloqueio das contas bancárias adotadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), sem falar que até a semana passada vários servidores prestadores de serviços ainda não tinham recebido seus vencimentos do mês de janeiro. Todos esses arcabouços políticos que vêm sendo desenvolvidos na administração do prefeito Bruno Cunha Lima, só estimula o fortalecimento das oposições em Campina Grande, que vai ficando mais latente e obscura numa participação mais efetiva da gestão campinense.

A verdade é que, como todos sabemos, a participação do senador Veneziano Vital (MDB) no grupo do atual prefeito campinense já é algo natural, o que pressupõe que ele, Veneziano, indicará alguém para compor a chapa na reeleição do prefeito Bruno. No entanto, pelo que nos consta, até agora o deputado federal Romero Rodrigues Veiga ainda do (PSC) não declarou se apoiará a reeleição do prefeito campinense ou não. O que sabemos é que houve um leve incômodo para o grupo político com a chegada da equipe do senador Veneziano Vital, ou seja, até quando Romero Rodrigues absorverá a presença de Vené dentro dessa conjuntura para a formatação de uma chapa para 2024?

É óbvio que tudo isso deixa uma lacuna importante para que Romero Rodrigues também tenha a liberdade de procurar outros entendimentos, para quem sabe, vir a compor em uma chapa ou até mesmo indicando alguém, alegando que não permaneceria no grupo do prefeito devido a presença do senador Veneziano Vital, o arquirrival político.

E assim fica nítido de que o surgimento da candidatura da senadora Daniela Ribeiro (PSD), que já conta com o aval do governador João Azevedo, unirá as oposições e abrirá espaços para que o ex-prefeito campinense Romero Rodrigues possa indicar alguém de seu grupo político para compor a chapa com Daniela Ribeiro, embora que os amigos mais próximos de Romero lhe querem como candidato, o que seria muito forte, sem fugir, é claro, da possibilidade de uma composição, que seria inédita, com o grupo de oposição na “Rainha da Borborema”.

Vamos aguardar, pois há muita água para passar ainda debaixo da ponte. Quem viver verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba