Menor: Maior que a lei

Marcos Tavares

A diminuição da maioridade penal teria, quando nada, uma ação positiva imediata. Tiraria das quadrilhas o privilégio de atribuir aos menores os crimes de mortes mais violentos certos de sua impunidade. Toda quadrilha que se preza tem alguns menores dispostos a assumir os delitos mais graves praticados pelos comparsas maiores, como uma maneira de garantir a impunidade para o crime.

Penalizar esses menores a partir dos 16 anos já seria uma medida enérgica que poderia inibir a violência que grassa sem motivos e sem freios em todo o país.

Cita-se como medida contrária à diminuição da maioridade penal, a condição de nosso sistema prisional que levaria esses menores a uma vida infernal dentro das grades. Um erro não pode nem deve justificar outro. Se tivermos um sistema penitenciário que não reeduca nem ressocializa, mudemos seu perfil, mas o que a sociedade brasileira não pode mais é conviver com a impunidade de jovens de dezesseis e dezessete anos, que podem votar, servir às Forças Armadas, mas não podem responder na Justiça pelas barbaridades que praticam.

O Estatuto do Menor é em si bem intencionado, mas de boas intenções anda cheio o inferno. Vivemos uma guerra civil onde o cidadão é a presa acuada pelos marginais e pelas quadrilhas, onde a força policial não tem preparo nem números para combater o crime. Situações extremas exigem medidas extremas. Entre perdermos um filho, um pai ou uma mãe para a sanha de um desses bandidos menores, é melhor que ele conheça o inferno da cadeia do que nos conheçamos o inferno da dor.

É fácil

Fora do poder tudo é fácil. Por isso Agra não titubeou em apresentar soluções mágicas para a seca e o abastecimento de água na sua peregrinação por Patos.

Resolver a questão da seca não é trabalho de um só gestor. Exige o comprometimento de todo o país em busca de soluções perenes para o problema, que começam pela maior oferta de água e acabam na utilização de técnicas de convivência com o semiárido.

Soluções paliativas estão nos cardápios governamentais desde o início da República, como açudagem, carros-pipa e novas culturas, tendo todas se mostrado insuficientes para resolver o problema.

Fora

Para derrubar, sabotar, desestabilizar, o nosso PT é um exemplo de união. Diversas correntes do partido, na capital, se reuniram com o objetivo comum de derrubar Rodrigo da presidência da legenda.

São dezenas de facções, cada qual com sua bandeira e seu dono que jamais caminharam juntas e não devem quebrar essa tradição nas próximas eleições.

Isto é o PT.

De Morte

A nova ciclovia, delimitada por uma guia de concreto, já fez sua primeira vítima. Misturar patins, bicicletas e skates num mesmo corredor é pedir a Deus um novo acidente.

Persistência

O senador Cícero Lucena persiste no seu erro de fazer sua leitura política sempre com a lente embaçada pelo ódio a Ricardo.

Será muito difícil, ou quase impossível, ele romper a aliança entre Cássio Cunha Lima e o atual governador. E aí ele vai só pra luta outra vez.

Greve

Profundas raízes políticas e eleitorais, aliadas a gastos excessivos na gestão passada tornam a greve da UEPB difícil de contornar.

Enquanto os professores se enfrentam e enfrentam o governo, os alunos esperam.

Pressa

Cabedelo, Intermares, enfim a costa paraibana está salva com a demolição do Bar do Surfista.
A pressa adotada pela prefeitura deixa entrever algum caroço debaixo desse angu. Tal como no caso do Aeroclube.

Criação

Como não se pode mais mudar de partido sem perder o mandato, a solução é criar novo partido.
E assim aumenta a sopa de letrinhas que não significam nada.

Estragou

O chavismo amadureceu tanto que estragou. Vitória apertada de Maduro não causa a convulsão do tempo de Chávez.

O chavismo parece que acompanhará seu autor à sepultura.

Frases…

Brilhante – Os homens são feitos do mesmo material das estrelas. Por isso alguns brilham.
Relatividade – Massa atrai massa. Por isso o pão cai tão bem com uma macarronada.
Matança – O Estado que pune o assassinato é o mesmo que treina jovens para matar no exército.