O Frente a Frente, TV Arapuan, Rede TV!, desta segunda-feira (06), ouviu três especialistas sobre o caso Braiscompany. O professor e economista Guilherme Santana, o Empreendedor em Tecnologia Juares Neto, e o PHD em Ciências Contábeis Felipe Pontes.
Questioando sobre a possiblidade dos clientes da Braiscompany conseguirem reaver o investimento, Felipe Pontes foi enfático e disse que o dinheiro não vai ser recuperado, “infelizmente as pessoas não vão ter seu dinheiro de volta, esse dinheiro já está fora do Brasil, muita gente foi prejudizada, não quero tirar a esperança de ninguém, mas é o fim desses casos”. O especialista disse que as autoridades precisam agir com fluidez.
Na mesma fala, ele destacou que muitas pessoas entram nesses esquemas sabendo que o negócio é errado e diz, “vou entrar no começo, porque realmente no começo dá dinheiro, quem entra sabendo disso também deveria ser apontado como culpado”, destacou.
Para o economista Guilherme Fontana, é difícil saber quem entra sabendo que o esquema é errado. E destacou que a Braiscompany está tentando ganhar tempo “emitindo nota e fazendo live”.
“Estão tentando ganhar tempo com as pessoas e com o Ministério Público para de fato sumir com o dinheiro, para quando estourar mesmo não ter como ressarcir ninguém”. Para Guilherme, o Ministério Público precisa ser mais rápido para apreender bens e bloquear contas bancárias, “para tentar conseguir algum dinheiro para ressarcir pelo menos parte das pessoas ”
O empreendedor em Tecnologia Juarez Neto pediu a atenção das pessoas, para que sempre se desconfie e estude melhor antes de entrar nesse tipo de negócio.
MP abre nova investigação contra Braiscompany e ameaça acionar empresa na Justiça
O Ministério Público da Paraíba abriu, na semana passada, uma nova investigação para apurar irregularidades Braiscompany, empresa sediada em Campina Grande. Prometendo retornos financeiros vultosos, a instituição privada tem sido alvo de diversas denúncias por parte de clientes sobre a falta de pagamentos nos últimos meses.
A investigação será conduzida pelo promotor Sócrates da Costa Agra, diretor-regional do MP-Procon. Em nota encaminhada à coluna, ele informou que “está apurando denúncias de alguns investidores que não estariam recebendo as remunerações acordadas em contratos com a empresa Braiscompany”.
Juíza rejeita pedido de empresário que investiu R$ 2 milhões na Braiscompany
A juíza da 3ª Vara Cível da Comarca de Campina Grande, Renata Barros de Assunção Paiva, negou o pedido do empresário Cláudio Maurício de Oliveira contra a Braiscompany para devolução dos seus investimentos aplicados na empresa.
A Braiscompany vive uma crise com atrasos de pagamentos dos alugueis de criptomoedas e é alvo do Ministério Público da Paraíba.
Na ação, Cláudio apresentou a celebração de cinco contratos de cessão temporária de ativos digitais (aluguel), no valor total de R$ 2.075.000,00 (dois milhões e setenta e cinco mil reais), além de ter entregue um jet-ski para realização de aportes financeiros.
Na decisão, a juíza Renata Barros afirmou que “os documentos carreados aos autos não são suficientes à conclusão de que esteja havendo inadimplemento imotivado pela empresa ré, não bastando, para fundamentação deste decisum, divulgações de mídia virtual, ou redes sociais, mormente quando também são veiculados, em tais meios, pagamentos parciais pela empresa, sem que haja elementos indicativos de ser o ora demandante beneficiário deles ou não”.
A magistrada também determinou a marcação de uma audiência de conciliação, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba