O sonho de ver dinheiro se multiplicar pareceu real e centenas de investidores chegaram a conquistar milhões em ativos da Braiscompany ao longo dos últimos anos, no entanto, o que é bom costuma durar pouco e, para o azar dos clientes, o sonho virou pesadelo a meses. A empresa de serviço de “locação de criptoativos” já entra no segundo mês sem repassar os dividendos aos investidores, situação que gera pânico e colocou a ‘Brais’ no centro as atenções do país nas últimas semanas.
Com a mágica prometida pelo mercado financeiro, os investidores depositavam o dinheiro nas contas da empresa e magicamente acompanhavam o milagre da multiplicação acontecer, mas a situação se complicou com a falta dos repasses dos pagamentos e a sinalização de crise com a falha de comunicação e relação com os clientes.
O desespero dos clientes segue sem fim. Indignados com os atrasos, os investidores chegaram a ocupar a sede da empresa, denunciar em sites como o Reclame Aqui e grupos de Telegram e WhatsApp, e redes sociais. Além disso, a Justiça já foi acionada para que o impasse seja resolvido.
Nesta segunda-feira (16), um dos investidores acionou judicialmente a empresa apontando grave lesão com o não cumprimento contratual. A defesa pediu que a Justiça deferisse a tutela de urgência para bloquear os bens da Braiscompany suficientes para o cumprimento futuro total do cumprimento da sentença condenatória, além da declaração do cancelamento do contrato por parte exclusiva da ré. O processo foi distribuído para 1ª Vara Cível de Campina Grande.
A empresa
A Braiscompany Soluções Digitais e Treinamentos LTDA, foi criada em 2018 pelo advogado Antônio Neto Ais. Com sede em Campina Grande, a empresa chegou a registrar atividades em outras cidades como Distrito Federal, São Paulo, Recife e Salvador.
O negócio foi crescendo e na mesma proporção recebeu o primeiro alerta público sobre suas atividades do investidor Tiago Reis, fundador da Suno, acerca de uma pirâmide financeira. Desde o final de 2022, a empresa atrasa os pagamentos aos clientes, que já criaram grupos de “vítimas” para buscar reaver seus investimentos.
Na página da Braiscompany no Reclame Aqui, a empresa ultrapassa as mais de 100 reclamações.
Fonte: Click PB
Créditos: Polêmica Paraíba