No dia 08 de janeiro, exatamente uma semana após a posse de Lula, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o prédio do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), destruindo tudo que encontravam pela frente, causando dano ao patrimônio público e incitando ideais golpistas.
Enquanto isso na Paraíba, lideranças políticas da direita, que não estavam presentes no movimento, incentivaram, defenderam e apoiaram através de publicações nas suas redes sociais. O Polêmica Paraíba mostra alguns dos ‘influencers do golpe’ que estavam empenhados a estimular o ato.
Cabo Gilberto (PL)
Cabo Gilberto foi o terceiro deputado federal mais votado da Paraíba, com 126.876 votos. É apoiador nato de Bolsonaro (PL), e deixa isso bastante explícito em suas redes sociais, com fotos ao lado do ex-presidente. Após as eleições usou seu perfil para compartilhar conteúdo estimulando os bloqueios de bolsonaristas em rodovias pelo país e contestando o resultado das urnas eletrônicas.
Durante o ato em Brasília, o deputado não esteve presente, mas utilizou o Twitter para declarar seu apoio ao movimento, mas com a repercussão negativa, o parlamentar apagou a mensagem deixando uma outra escrita minutos depois.
Dias depois do movimento, foi divulgado que um dos presos durante o ato terrorista era o assessor de Cabo Gilberto. Anderson Novais havia sido preso na segunda-feira (09), no QG bolsonarista em frente ao Exército, um dia após os atos terroristas.
Américo Almeida
O advogado e professor é famoso nas redes sociais por publicações que apoiam os atos da direita. No dia do movimento, ele compartilhou um vídeo com a mensagem: ‘O Brasil espera qeu cada um cumpra com seu dever e o nosso dever é lutar pela democracia e a liberdade e destruir as forças da ditadura.’ O apoiador não esteve em Brasília, mas utiliza seu Instagram para incentivar o movimento.
Eliza Virginia
Defensora assídua de Bolsonaro, a vereadora de João Pessoa e suplente de deputada federal, Eliza Virgínia também utilizou as redes sociais para incentivar e classificou o movimento de domingo como protesto. Após a repercussão e a acusação de que estaria envolvida e até financiando o ato golpista, a vereadora está sendo alvo de uma representação que pede prisão preventiva.
Em entrevista, garantiu que não financiou, nem tem contato com as pessoas que protestaram por mais de dois meses em frente ao QG do Exército na Capital paraibana, apesar de ser a favor de manifestações pacífica. “Quebra-quebra, invasão… Isso eu jamais concordei porque esse é o ‘modus operandi’ da esquerda”. E completou: “Lá, tinham grupos que não eram conservadores, da direita. Infelizmente, não dá para saber quem é quem e todos estão pagando por isso”.
Leila Fonseca (PL)
Famosa por suas postagens polêmicas de direita, Leila Fonseca que é professora universitária e que nas últimas eleições disputou o cargo de deputada estadual, fez uma série de postagens em seu perfil no Instagram, inicialmente apoiando o movimento que acontecia em Brasília. Ainda em suas redes sociais ela afirmou que quem estava praticando vandalismo e depredando o patrimônio eram petistas infiltrados.
Walber Virgolino
Conhecido pelo extremismo, o deputado Wallber Virgolino foi eleito como deputado estadual nas últimas eleições. O parlamentar foi mais um que postou em seu Instagram uma mensagem de apoio ao movimento golpista, em sua publicação ele compartilhou uma foto dos manifestantes, escrito: “Supremo é Deus” e que a ação se tratava do “povo pelo povo”.
O deputado afirmou que “não condena” os atos antidemocráticos e disse que o caso ocorrido em Brasília no último domingo “é a revolta do povo e é o primeiro de muitos que irão ocorrer”.
No dia (11), o grupo Prerrogativas, composto por advogados e juristas, ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), para pedir a suspensão da posse de Virgolino, deputado estadual reeleito, por justamente incitar os atos violentos”
Elizeu Calisto
O radialista Elizeu Calisto, famoso por suas publicações apoiando os movimentos da extrema direita, também utilizou as redes para apoiar o movimento. Em uma das publicações, o radialista afirma que a esquerda se desesperou e se infiltrou nos atos de vandalismo.
‘A ESQUERDA TA DESESPERADA COM ESSA MULTIDÃO NOS QUARTÉIS A QUASE 60 DIAS, DE FORMA ORDEIRA, DEMOCRATICA, PACÍFICA, ENTÃO, ARQUITETAM, PLANEJAM DE FORMA MAQUIAVÉLICA INFILTRAR-SE NO MOVIMENTO PARA PROMOVER TODO O TIPO DE ATROCIDADE E USANDO A MÍDIA IMUNDA”
Nilvan Ferreira
Nilvan Ferreira que foi candidato a governador da Paraíba nas últimas eleições divulgou em suas redes sociais uma publicação apoiando os atos golpistas, ele postou um vídeo dos manifestantes em Brasília, dizendo que “O povo tem força e não vai aceitar a morte da nossa liberdade”. Depois ele publicou que “Ações de infiltrados com certeza ocorreram. A esquerda quer uma narrativa pra criminalizar a direita. Os protestos são legítimos, mas depredação, nunca!”, escreveu.
Após publicações apoiando o ato, o ex-candidato também é alvo da ação do PSOL que pede a imediata suspensão dos perfis nas redes sociais dos representados, apontados como autores do crime de incitação, previsto no art. 286, do Código Penal. e também a prisão.
Em entrevista, Nilvan negou qualquer apoio aos ataques, se dizendo a favor do movimento desde que de forma pacífica. “Minha postura no movimento de domingo foi muito clara. Eu postei um vídeo quando a passeata estava começando e estava sendo, inclusive, acompanhada pela polícia. No momento que termina em vandalismo, pancadaria, não apoiei porque todo protesto deve ser respeitado até o ponto que se transforme em baderna”, afirmou.
Adriano Lima
O apoiador de Bolsonaro chegou a comprar a passagem para Brasília, mas em uma live em seu Instagram, ele divulgou que desistiu no aeroporto, porque não podia ser preso, nem morto, e que tinha planos maiores, assim como Deus escolheu Jair Bolsonaro.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba