Pedro Lins, apresentador do NE1, telejornal da hora do almoço da Globo em Pernambuco, relatou um episódio de racismo que sofreu na noite de quarta-feira (4) ao ir a um shopping na capital, Recife, para tentar comprar um presente a uma amiga.
Em seu relato, o jornalista disse que entrou em uma loja e logo foi abordado pela vendedora querendo saber se ele era o entregador de um aplicativo que havia chegado para retirar uma encomenda. Lins logo percebeu que a pergunta só havia sido feita por uma questão de racismo estrutural.
“Fui numa loja do Shopping comprar um presente para uma amiga. A vendedora me abordou perguntando se eu era entregador do Rappi. Vocês sabem o nome disso, né?”, escreveu ele em seu perfil no Twitter.
O relato gerou revolta entre seus seguidores, incluindo personalidades famosas que lutam conta o fim do preconceito racial. O âncora do telejornal local NE1 recebeu apoio da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB).
“Minha solidariedade ao jornalista Pedro Lins, alvo de atitude racista em um shopping de nossa capital. Infelizmente ainda presenciamos isso em pleno século XXI. Não podemos mais admitir que atos racistas aconteçam a nenhum pernambucano ou pernambucana. Contem comigo nesta luta!”, publicou.
“Desgraçada”, escreveu Maíra Azevedo, a Tia Má, atriz de Rensga Hits. “A última vez comigo eu tava indo almoçar naquela que faz macarrão fast food e me perguntaram se eu era entregador. Claro que não é ofensa ser chamado de entregador, mas na cabeça das pessoas, nunca que um preto vai estar ali pra consumir ou se divertir. Só pra servir”, comentou o jornalista Humberto Martins.
Fonte: IG
Créditos: Polêmica Paraíba