Nem Jair Bolsonaro nem Lula. Agora, a bola da vez nas redes sociais é o perfil do Exército Brasileiro. Impulsionado pela tensão causada pela proximidade da posse de Lula e pelo silêncio mortificante de Bolsonaro, militantes apostaram todas as fichas no perfil oficial do Exército Brasileiro que registrou, nos últimos 10 dias, um aumento de mais de 4,5 milhões de seguidores, saltando dos 3,1 milhões para 7,6 milhões de perfis conectados.
O número médio de curtidas e comentários nas últimas 10 postagens também alcançaram valores muito representativos. Foram, em média, 150 mil curtidas e 19 milhões de comentários, o que gerou uma taxa de engajamento de 2,23% – todos números muito elevados para o perfil de uma instituição militar.
Ou seja, neste período de transição, o perfil do Exército Brasileiro registrou um crescimento maior do que em toda a sua existência. E olhe que a primeira postagem da página ocorreu em 10 de setembro de 2015.
Mas isso não é tudo. O pico de crescimento do perfil nesses 10 dias ocorreu até a véspera da posse de Lula, quando o perfil atingiu a marca de 7,9 mil seguidores. Com o novo presidente chegando ao poder, o perfil registrou uma perda de mais de 373 mil seguidores em quatro dias.
Outro ponto que chama bastante a atenção é o comportamento dos seguidores. Em nosso levantamento, você pode ver uma nuvem de palavras que demonstram a insatisfação do eleitorado bolsonarista. Palavras e expressões como “vergonha”, “Bolsonaro fugiu da luta” e “exército vermelho” são alguns dos destaques.
Esse comportamento reflete os anseios do eleitorado Bolsonarista que esperava, até o último minuto (e muitos ainda esperam), uma reviravolta no resultado das eleições. No fim das contas, quem saiu ganhando foi o perfil do Exército Brasileiro, que mais que dobrou a sua base de seguidores sem precisar pensar sequer numa campanha de marketing.
confira a analise de Alek Macarajá aqui
Fonte: Alek Macarajá
Créditos: Alek Macarajá