Começam a surgir nas redes sociais reclamações sobre atraso de pagamentos da Braiscompany, empresa que promete gerar retornos acima de 80% ao ano através da “locação de criptoativos” e que foi acusada de ser um esquema de pirâmide financeira por Tiago Reis, o CEO da Suno Research.
Ao checar o perfil da Braiscompany no Instagram, há diversos comentários de clientes desde a noite de terça-feira (20) que tentam entender por que os rendimentos mensais de dezembro, que deveriam ter caído no dia 20, não foram pagos.
Outros indagam o porquê de a empresa sediada em Campina Grande (PB) estar excluindo comentários de usuários que questionam publicamente o atraso.
O dono da empresa e CEO é Antônio Neto, empresário paraibano com mais de 700 mil seguidores nas redes sociais. Antônio aparece em fotos ao lado de personalidades importantes como Messi e Neymar. VEJA AS FOTOS NO FIM DA MATÉRIA
Um cliente da Brascompany que pediu para não ter seu nome divulgado, contou que foi pego de surpresa pelo atraso. Só depois de fazer vários comentários no Instagram e procurar o suporte do Braiscompany é que ele foi avisado que o atraso aconteceu por conta de uma atualização no aplicativo da empresa.
O que chama atenção é o fato de que a Braiscompany não usa o aplicativo ou um sistema interno para efetuar o pagamento dos clientes. Ao invés disso, envia os supostos lucros mensais diretamente para a carteira de bitcoin informada pelo usuário e mantida em corretoras de criptomoedas. No caso do investidor que conversou com a reportagem, a Braiscompany o paga em uma conta da Binance.
A Braiscompany justifica o atraso pela estreia do aplicativo Brais App no dia 28 de dezembro. O grupo diz que para se preparar para o lançamento, precisou realizar “integrações e atualizações no sistema”.
“Informamos que os pagamentos dos índices de remuneração de amanhã 20/12/22 serão efetuados no prazo de até 72h. Isso ocorrerá para que possamos sincronizar os nossos pagamentos com o nosso aplicativo”, diz um trecho do e-mail enviado no dia exato que os pagamentos começaram a atrasar.
No esquema de “locação de criptoativos” da Braiscompany, o investidor faz um aporte inicial na empresa em bitcoin e é obrigado a deixar os fundos presos com o grupo por um ano. Enquanto isso, a empresa paga rendimentos mensais para os clientes até que seja liberado o saque do aporte inicial com o fim do contrato de um ano.
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Fonte: Portal do Bitcoin
Créditos: Polêmica Paraíba