Em Sessão Solene ALPB homenageia a juíza Maria de Fátima Ramalho e in memoriam o ex-prefeito Francisco Matias Rolim

A juíza de Direito de Terceira Entrância que atua no Sexto Juizado Especial Cível da Comarca da Capital, Maria de Fátima Lúcia Ramalho e o ex-prefeito de Cajazeiras, Francisco Matias Rolim (Chico Rolim), in memoriam, foram homenageados hoje (14), durante Sessão Solene, pela ALPB, com a concessão das Medalhas do Mérito Jurídico Tarcísio de Miranda Burity e Epitácio Pessoa, respectivamente. A propositura, resultante dos Projetos de Resolução 462/22 e 471/22, de autoria do deputado Jeová Campos, reconhece com distinção a atuação da magistrada, que tem atuação jurídica exemplar, e do ex-gestor público, com destacadas ações nos cargos que ocupou. “Estou muito feliz em ter tido a iniciativa de homenagear esses dois grandes paraibanos que, em áreas diferentes de atuação, têm méritos para receber tais distinções”, afirmou o deputado Jeová Campos que presidiu a solenidade, sendo secretariado pelo deputado Júnior Araújo. O deputado Branco Mendes também prestigiou a sessão.

Discursando na tribuna da ALPB, provavelmente, pela última vez na condição de deputado estadual, Jeová que encerra seu mandato em janeiro do próximo ano e não foi candidato ao cargo nas últimas eleições, lembrou de situações vividas por ele, junto aos homenageados, que lhe marcaram profundamente. Em relação ao ex-prefeito de Cajazeiras, o parlamentar lembrou que foi na gestão de Chico Rolim que a rua que ele morava, antes em condição insalubre, recebeu saneamento. “Eu tinha 11 anos, morava na Rua 13 de Maio, na frente era um depósito de esgoto e por trás um lixão, e foi o então prefeito Chico Rolim que nos levou dignidade saneando e calçando a rua e tirando o lixão tempos depois”, lembrou Jeová.

Sobre a juíza, o parlamentar destacou que a magistrada dedicou parte de sua vida acadêmica e profissional à ciência jurídica e colocando em prática seus conhecimentos em favor do povo paraibano. “A Dra. Maria de Fátima sempre atuou, diferentemente de outros magistrados, para firmar direitos do cidadão, obrigando prefeitos a pagar salário mínimo, defendendo o pagamento de benefício BPC aos deficientes e idosos, em favor da concessão de aposentadorias aos trabalhadores rurais que não tinham documentos para comprovar a atividade, mas apenas as mãos calejadas, e foi a primeira magistrada da região de Cajazeiras a obrigar o INSS a conceder os direitos dos segurados e assistidos da seguridade social. Ela também criou o Conselho da Comunidade em Cajazeiras e foi a primeira a ter olhar sobre o direito dos pobres e digo isso porque fui eu que trabalhei como advogado nessas causas. A homenageada foi a primeira de todo o sertão que agiu com esse olhar para os mais pobres e essa medalha está sendo entregue com convicção e méritos”, reiterou Jeová.

Em seu discurso, a juíza agradeceu a ALPB e ao deputado Jeová pelo reconhecimento em receber tamanha distinção e iniciou sua fala citando trechos de Guimarães Rosa. “…A vida é assim, esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa… o que ela quer da gente é coragem. Essa sessão que muito me orgulha está sendo realizada em meu nome pessoal, mas, isso me parece paradoxal, uma vez que em toda a minha trajetória, minhas atitudes e referências, sempre tiveram uma conotação impessoal, motivada pela defesa intransigente de princípios e preceitos de caráter universal”, disse a Dra. Mara de Fátima, destacando que recebia a homenagem com alegria e que ela simbolizava que o caminho trilhado por ela estava certo. Ela ainda fez uma distinção entre poder e autoridade e falou da importância de ser honesto, ter atitude, compromisso, respeito e boa conduta. A homenageada é paraibana, natural de São José de Piranhas.