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TSE desmonetiza canais bolsonaristas por impulsionar um esquema de disseminação massificada de fake news

Foto: Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) viu indícios de uma “atuação concertada” de desinformação tendo como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suspendeu, em caráter liminar até o dia 31 de outubro, a monetização de canais bolsonaristas no Youtube. A Corte Eleitoral também determinou que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), se manifeste sobre o caso.

A decisão do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, é resposta a um pedido da Coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acusou apoiadores do atual governo de utilizar indevidamente os meios de comunicação e abusar do poder de seus cargos para impulsionar um esquema de disseminação massificada de fake news. O PT ainda cobrou a abertura de uma investigação, que foi atendida.

Na decisão, o ministro proibiu que as empresas responsáveis pelos canais impulsionassem qualquer conteúdo político-eleitoral, especialmente envolvendo Bolsonaro, Lula, partidos e apoiadores de ambos. O magistrado deu prazo de cinco dias para que os investigados se manifestem sobre a ação. No caso de Bolsonaro, o corregedor-geral decidiu que se observe o prévio agendamento para a entrega do mandado para se cumprir essa diligência.

A Coligação que apoia Lula ainda pediu a suspensão temporárias dos perfis e sites geridos pelos apoiadores de Bolsonaro. Benedito negou o bloqueio dos perfis geridos por pessoas físicas como forma de preservar a liberdade de expressão.

No entanto, ele fez uma ressalva às empresas que teriam divulgado notícias falsas em apoio ao atual governo, como a Brasil Paralelo, Foco do Brasil, Folha Política e Dr. News, que foram punidos com a desmonetização e a proibição de impulsionarem os seus conteúdos.

“O que se mostra preocupante é que essas pessoas jurídicas, ao produzirem conteúdo ideologicamente formatado para endossar o discurso do candidato que apoiam, têm se valido por reiteradas vezes de notícias falsas prejudiciais ao candidato Lula, com significativa repercussão e efeitos persistentes mesmo após a remoção de URLs”, escreveu Benedito. “Além disso, movimentam vultosos recursos financeiros, tanto arrecadados junto a assinantes e via monetização, quanto gastos em produção e impulsionamento de conteúdos”, completou.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Terra