O Tribunal de Contas da União (TCU), constitucionalmente órgão de assessoria do Legislativo, especificamente Câmara dos Deputados, resolveu se envolver no processo eleitoral em defesa da segurança e confiabilidade da urna eletrônica. Não é sua função, eis que a polêmica não orbita em torno de questões contábeis. A dúvida é se ocorreriam – ou ocorreram – falhas na transmissão de dados para totalização dos votos no primeiro turno.
O Ministério da Defesa, através do Exército Brasileiro, foi convidado pelo TSE – então presidido pelo ministro Barroso – para integrar uma comissão cuja tarefa seria aperfeiçoar o “sistema”, carente de auditagem pela falta de comprovação impressa do voto. A queda de braço começou com o seu sucessor, ministro Fachin, que se recursou adotar trinta e seis sugestões feitas pelas Forças Armadas, que garantiriam um mínimo de transparência.
Quando a Comissão foi criada pelo ministro Barroso, não foram citadas exigências sobre elaboração de um relatório pós-eleições que atestasse a lisura da apuração dos votos, com data e hora para ser entregue ao TSE, e divulgado pela mídia. Compõem este Conselho entidades como a OAB, Universidades, Ministério da Defesa (Forças Armadas) …
Imediatamente após a divulgação do resultado do primeiro turno, todos – exceto o Ministério da Defesa – se manifestaram sobre a total lisura, transparência e segurança do resultado divulgado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Morais. Inquieto, por razões não explicadas, o TCU resolveu cobrar do Ministério da Defesa relatório opinando sobre o pleito, intromissão que gerou profundo desconforto nas Forças Armadas.
O que ora é especulado nos corredores do poder em Brasília é se as Forças Armadas estão investigando, ou não, o processo eleitoral. Caso tenham detectado erros ou falhas, por que as divulgar agora? Ocorrerá nova votação no próximo dia 30/10/2022, e os resultados serão confrontados. Erros ou lacunas duvidosas, que porventura tenham ocorrido no primeiro turno, se forem repetidos no segundo turno, deixa de ser “equívoco” e passa a ser considerado “vício”, com caráter proposital e criminoso.
O caso mais curioso e inexplicável – amplamente divulgado nas redes sociais e totalmente desprezado pela mídia investigativa alojada no militante Consorcio Midiático – ocorreu no Estado do Tocantins. Governador, Senador; Deputados Federais e Estaduais eleitos, são todos bolsonaristas: Republicanos, PP; PL e União Brasil. O PT não conseguiu eleger ninguém. Entretanto, para Presidente, Lula venceu isoladamente com 50,40% contra 44,00% de Bolsonaro(?). Logo no Tocantins! Berço do Agronegócio?
Se este fato tivesse ocorrido no Nordeste, não seria questionado. Os Institutos de Pesquisas e o Consorcio Midiático já definiram que o Nordeste é “Lulista”, jamais mudará. Talvez o “caso” Tocantins tenha motivado as Forças Armadas decidirem em se aprofundar numa investigação, para identificar se ocorreu erro, ou invasão Hacker no sistema.
Fonte: Júnior Gurgel
Créditos: Polêmica Paraíba