DIA DAS CRIANÇAS

Sem engolir choro: diálogo e limites na infância criam adultos fortes, conta psicóloga

Tão comum antigamente, o pedido para que crianças ‘engulam o choro’ tem sido uma medida cada vez menos incentivada pelos especialistas. Isso porque o diálogo e espaço para expressar as emoções são o melhor caminho para que os pequenos se tornem adultos maduros e bem resolvidos com os sentimentos. Nesta quarta-feira (12), Dia das Crianças, a psicóloga do Hapvida, Michelle Costa, revela que pequenas atitudes adotadas pelos pais ajudam a formar um emocional forte e bem resolvido.

Tão comum antigamente, o pedido para que crianças ‘engulam o choro’ tem sido uma medida cada vez menos incentivada pelos especialistas. Isso porque o diálogo e espaço para expressar as emoções são o melhor caminho para que os pequenos se tornem adultos maduros e bem resolvidos com os sentimentos. Nesta quarta-feira (12), Dia das Crianças, a psicóloga do Hapvida, Michelle Costa, revela que pequenas atitudes adotadas pelos pais ajudam a formar um emocional forte e bem resolvido.

“A criança deve ter espaço para falar o que sente, para que tenha momentos para chorar, para contar as alegrias e tristezas. Isso faz com que ela aprenda, se desenvolva melhor e saiba lidar melhor com as emoções”, sugere.

Aos poucos, mitos e atitudes controversas têm sido desestimulados para respeitar a criança e assegurar um crescimento saudável.  Antes tão difundida, a ‘obrigação’ da criança em dividir os brinquedos já não é tão aconselhada, sendo necessário enxergar o contexto.

“Deve ser observada a preferência das crianças por determinados brinquedos e se estes têm um significado especial. Se for o caso, deve ser respeitado”, orienta a psicóloga, que ressalta que o brincar compartilhado deve ser estimulado para que as crianças aprendam a interagir socialmente.

Forçar a criança a beijar e abraçar um desconhecido ou familiar distante também já não é bem visto e pode causar algum tipo de dano no desenvolvimento da criança. “O ideal é deixar ela livre para fazer essa manifestação de afeto”, pontua Michelle Costa.

É na infância que as crianças começam a aprender a lidar com as emoções, mas nem sempre conseguem manifestar os sentimentos da melhor forma, o que pode acabar gerando desgaste e até frustração não só para elas, mas também com os pais e pessoas próximas. Esse momento é de aprendizagem e não deve ser de tantas expectativas, sugere a especialista.

“Um adulto tem nuances de todas as condições de experiências de vida e as crianças só vão reagir conforme aprendem. Como ainda estão se desenvolvendo, elas vão colocar em prática o que sabem”, conta.

Mesmo com uma relação de muita comunicação, os pais ainda devem ser firmes ao estabelecer limites e até na hora de dizer não. A frustração, explica Michelle, é também necessária e vai influenciar até mesmo a futura vida adulta.

“Provocar o entendimento de que nem tudo é permitido, que outras pessoas precisam e devem ser respeitadas, que se tem rotina, regras para seguir, faz parte da composição da personalidade da criança. Estimular esses paradigmas faz com  que as crianças tenham um desenvolvimento mais completo e se tornem adultos mais equilibrados psíquico e socialmente”, finaliza.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba