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Em discurso, Lula acusa Bolsonaro de usar máquina pública para fazer campanha política

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, acusou neste sábado (8) o presidente Jair Bolsonaro (PL) – adversário na eleição – de utilizar a máquina pública para "fazer campanha" eleitoral. Lula deu a declaração durante entrevista em Campinas, interior de São Paulo, onde participa neste sábado de uma passeata com apoiadores.

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, acusou neste sábado (8) o presidente Jair Bolsonaro (PL) – adversário na eleição – de utilizar a máquina pública para “fazer campanha” eleitoral.
Lula deu a declaração durante entrevista em Campinas, interior de São Paulo, onde participa neste sábado de uma passeata com apoiadores.

“Nós estamos fazendo uma campanha com uma certa anomalia, porque nós temos um cidadão, que está exercendo a Presidência, que está utilizando a maquina do governo para fazer campanha. Eu estava analisando desde Marechal Deodoro da Fonseca, 1889 até agora, todos os presidente juntos, ninguém utilizou a máquina 10% como ele está utilizando”, afirmou o petista.

“Ele [Bolsonaro] está fazendo tudo. Ele está agindo como se o Brasil fosse uma coisa particular dele e ele vai e desfaz, do jeito que ele quer, na medida em que ele tenta ganhar voto”, completou Lula.

Em Campinas, Lula deve percorrer trajeto em um veículo, acompanhado de Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa, e Fernando Haddad (PT), que disputa o segundo turno da eleição ao governo de São Paulo contra Tarcísio de Freitas (Republicanos) – candidato apoiado por Bolsonaro.
Na retomada da campanha ao Palácio do Planalto nesta semana, Lula focou suas ações em São Paulo – estado que é o maior colégio eleitoral do país com 34,6 milhões de eleitores.

Na quinta-feira (6), o petista participou de passeata em São Bernardo do Campo, berço do sindicalismo na região do ABC Paulista. Nesta sexta-feira (7), o ex-presidente fez caminhada com apoiadores em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Além dos eventos de campanha em São Paulo, Lula dedicou a primeira semana do segundo turno a costurar alianças. Ele recebeu, por exemplo, apoio de governadores, dos partidos PDT e Cidadania, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e da candidata derrotada do MDB à Presidência, Simone Tebet – que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.

O petista também tem tentado ampliar a vantagem que tem sobre Bolsonaro na região Nordeste. Nesta quinta, em discurso, ele explorou uma fala do adversário para pedir a quem tem “uma gota de sangue nordestino” que não vote no candidato do PL.

Propaganda no rádio

Na propaganda eleitoral no rádio na manhã deste sábado, Lula enfatizou bloqueios orçamentários feitos recentemente pelo governo Bolsonaro, salientando a destinação de recursos para o chamado “orçamento secreto” e o fato de o Orçamento de 2023 enviado pelo presidente ao Congresso não prever o Auxílio Brasil no valor de R$ 600.

Já Bolsonaro dedicou grande parte do programa deste sábado à região Nordeste – que deu mais votos ao candidato do PT no primeiro turno. Nesta semana, Bolsonaro foi criticado por fazer uma associação da vitória de Lula no Nordeste aos índices de analfabetismo na região.

Com músicas típicas do Nordeste e a participação de um repente, o candidato do PL destacou no programa medidas adotadas na sua gestão para os estados nordestinos. Ele também ressaltou as mudanças que fez no programa de Financiamento Estudantil (Fies).

Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba