Um jovem negro foi preso sob grito de ”vai gritar Lula lá na África”. A ação aconteceu no último domingo (2) na cidade de Novo Gama, região do Entorno do Distrito Federal.
Através de um vídeo, publicado pelo jornalista André Caramante em suas redes sociais, o homem aparece sem camisa sendo algemado. Durante a abordagem, é possível ouvir a frase ‘Vai gritar Lula lá na África agora’. Mesmo com gravado, não foi possível ouvir quem diz a frase. Portanto, um homem diz que o jovem estaria sendo preso por ser eleitor do Lula.
Segundo a polícia, o homem negro foi algemado e preso porque estaria próximo a uma seção eleitoral supostamente fazendo boca de urna para o candidato Lula, do PT.
Após a repercussão do vídeo, o Ministério Público pediu explicações a Polícia Militar. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Novo Gama confirmou em nota que o homem foi abordado pela Polícia Militar e Guarda Civil Municipal. Sobre a fala no vídeo, disse que não foi possível identificar quem diz a frase.
Em nota, a presidente do Partido dos Trabalhadores de Goiás (PT), Kátia Maria, se posicionou sobre o caso. No documento, disse que ‘as imagens mostram cenas de racismo e violência política’. O partido ainda informou que advogados vão acionar a corregedoria da PM e da Guarda Municipal de Novo Gama para apurar o caso.
“Não vamos permitir intimidação, perseguição política e policial aos apoiadores do Lula em Goiás. Vivemos num estado democrático de direito e exigimos respeito à liberdade de escolha e expressão da população”, diz a nota.
O partido ainda informou que vai acionar o governador Ronaldo Caiado (UB) pedindo a apuração, punição dos envolvidos e a orientação da corporação para evitar novos casos.
“Vai gritar Lula lá na África, agora!”
Essa foi a frase do policial militar ao prender o jovem preto, em Novo Gama (GO), em 2/10/22, dia das eleições no Brasil.
Brasil – Goiás – Novo Gama #celularemlegitimadefesa#filmeapolícia #filmthepolice
🎥👮🏻♂️📱💻🌎 pic.twitter.com/XX0e5GB7C7
— André Caramante (@andrecaramante) October 5, 2022
Fonte: Carta Capital
Créditos: Polêmica Paraíba