Deu a lógica. Todos já esperavam que o governador João Azevedo vencesse as eleições no primeiro turno. O seu favoritismo vem desde o momento em que disse que seria candidato, pois dificilmente um governante com a máquina do Estado nas mãos, deixa de levar vantagem sobre seus adversários.
A partir de agora, as estratégias são outras, pois vai ser preciso muita articulação para conquistar os votos recebidos pelos seus adversários políticos. Enfrentar Pedro Cunha Lima, que foi o segundo colocado, não será uma tarefa fácil, tendo em vista que o candidato do PSDB, apesar de ter levado uma ligeira desvantagem neste primeiro turno, flutua muito bem politicamente entre os seus antigos concorrentes, basta ver a forma como Nilvan Ferreira e Veneziano tratavam o governador João Azevedo nos debates e nas inserções durante o horário eleitoral.
E assim, pode ser que surja uma possível união de Pedro, Veneziano e Nilvan Ferreira, o que pode comprometer a reeleição de João Azevedo, mesmo com todo o favoritismo. Aliás, caso essa conjectura venha a se figurar, a única saída para o governador será buscar junto ao candidato Lula o seu apoio integral, haja vista a vitória esmagadora sobre seu oponente, o presidente Jair Bolsonaro.
A verdade é que não dá nem para comemorar, e já é preciso colocar em prática o que foi planejado, muito antes do primeiro turno. Um fato é certo, nessa altura do campeonato, não adianta muito ir buscar apoio de deputados, pois para muitos deles, as eleições já terminaram, e agora vencedores e perdedores estarão em recesso para descanso.
E agora, diante de todos esses possíveis desinteresses de muitos candidatos, que irão fazer “corpo mole”, só resta a João e Pedro irem buscar articular-se com lideranças municipais em busca de consolidar sua vitória. O segundo turno já começa a todo vapor, pois será “um salve-se quem puder”, já que agora chegou a hora da decisão para a escolha de quem será o novo governador da Paraíba pelos próximos quatro anos.
Para João Azevedo, só resta manter a mesma performance do primeiro turno, ou seja, continuar trabalhando para aumentar seu contingente eleitoral, sem ser de forma atabalhoada. Para Pedro Cunha Lima, resta buscar um diálogo com o senador Veneziano Vital do Rêgo e Nilvan Ferreira, o mais urgente possível, com o objetivo de unir as forças das oposições visando triunfar no próximo dia 30 de outubro, data da eleição do segundo turno. Vale dizer, que o apoio de Veneziano do MDB será fundamental para Pedro, já que Vené tem um acirramento político na cidade de Campina Grande com o grupo Ribeiro, o qual tem Lucas Ribeiro, atual vice-prefeito de Campina Grande, presente na chapa de João Azevedo.
Vemos que as querelas agora irão aumentar, mas sairá vencedor aquele que melhor apresentar à população um projeto convincente para a Paraíba. A “carta na manga” de João Azevedo será pedir a Lula o apoio do Partido dos Trabalhadores para sua reeleição; e essa cartada poderá ser decisiva nessas eleições em favor do governador, do contrário, poderá transformar Pedro Cunha Lima em forte competidor.
Por fim, é preciso que o eleitor fique de olho, preste bem atenção em todas as propostas apresentadas pelos candidatos, e que ganhe aquele que tenha planos de realmente desenvolver a Paraíba e que proporcione uma melhor qualidade de vida ao povo paraibano. Quem viver, verá!
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba