Crime

‘Geralmente abusador é visto como bom pai de família e não transparece para pessoas de fora’, diz delegada

 

Após vir à tona o caso do ator paraibano, José Dumont, de 72 anos, preso suspeito de armazenar imagens de pornografia infantil, nessa quinta-feira (15). A delegada Joana D’Arc falou um pouco a respeito deste tipo de caso, alegou a dificuldade de identificar o perfil dos suspeitos e pediu atenção, principalmente nas escolas .

“O ator foi prseo em flagrante por armazernar material pornográfico de crianças e adolescentes, mas ouvi que ele já responde por crime de estupro de vulnerável, contra um adolescente de 12 anos. Esse material que foi encontrado na residência dele, computador e celular, está previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão e o crime de estupro está previsto no código penal no código penal 217A de 8 a 15 anos de reclusão”, destaca.

Segundo a delegada, só o fato de ter as imagens já é crime. Filmar e transmitir também. “Mesmo que não passe para ninguém é crime, se passar é crime, se filmar é crime. Não pode ter material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes”, completa.

Perfil
O ator é conhecido por diversos trabalhos na TV e no cinema em 40 anos de carreira, tendo uma longa carreira na Rede Globo e Rede Record. Devido às denúncias, ele teve, inclusive, o contrato cancelado para uma nova produção da Globo. Para Joana D’Arc, traçar o perfil do abusador é “muito difícil”, porque são pessoas tidas como de bom caráter, bom pai de família, excelente amigo. “Não transparece nenhum tipo de transgressão sexual para pessoas de foram, em sua maioria está dentro de casa, são pessoas de alta confiança da vítima, por ser familiar e ter uma proximidade muito grande, ele age de forma que as pessoas não percebem. Ele [o abusador] está investindo contra aquela vítima e a família acha que está cuidando”, explica.

Para denunciar
A delegada pede que as pessoas que perceberem qualquer situação suspeita que denuncie por meio do 197 da Polícia Civil, ou do 190 da Polícia Militar. Em casos de flagrante, tem o 123 do Estado e o disque 100 direto de Brasília. “Não deixe que uma criança ou adolecente passe por essa tortura. É um crime cruel, denuncie, e as escolas fiquem atentas porque essas vítimas demonstram muito no ambiente escolar, bem como hospitais que os pais, às vezes, levam para consulta e o médico termina decobrindo que ela foi violentada ou tem indícios. Espero que as pessoas denunciem”, arremata.

Fonte: Polêmica Paraíba com paraiba.com.br
Créditos: Polêmica Paraíba