Que relação poderia ter Raul Seixas, morto em 1989, com um acidente aéreo ocorrido em 2009 que vitimou o príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança? Para o advogado Aldebaran Luiz von Holleben, que se declara descendente do Barão de Holleben, os fatos estão conectados. O jurista entrou com processo contra o “Maluco Beleza” post-mortem pelo suposto homicídio qualificado do príncipe brasileiro.
Em um processo de texto confuso, que consta sob o número 0005008-23.2022.8.16.0112, Aldebaran cita uma série de fatos e traça sincronicidades entre eles. Basicamente, ele une a queda do avião no oceano Atlântico, em 2009, que realmente vitimou o membro da Casa Imperial do Brasil, a uma apresentação que Raul Seixas fez em 1976, na cidade de Marechal Cândido Rondon, no interior do Paraná.
O texto, diz:
“Não tenho a menor dúvida que foi o Raul Seixas que matou o Principe e não tenho porque sou conselheiro, secretário e membro da diretoria da Ordem dos Músicos do Paraná e esse é meu trabalho denominado serviço público federal voluntário eu tenho grau para concluir corretamente, por esse motivo faço a denuncia crime acompanhada de requerimento comercial.”
O advogado cita outras coincidências, como o fato de que sua inscrição na Ordem dos Músicos do Paraná é a de número 1989, mesmo ano da morte de Raul. De alguma forma é citado até o Rush, o famoso trio canadense de rock progressivo, que traz um dinossauro na capa do ao vivo “Rush in Rio” (2003) – e cuja assinatura é requerida no processo.
Na conclusão do texto, Aldebaran pede direitos comerciais sobre a expressão “dinossauro do rock”, que devem ser cedidos pelo Rush. Ele também exige a condenação de Raul Seixas, já no “plano espiritual”, pelo homicídio do príncipe morto no acidente de avião. A maçonaria também é citada.
Não é a primeira vez que Aldebaran Luiz entra com um pedido inusitado na justiça. Em 2021, ele moveu um processo onde solicitava o título oficial de Superman, que teria sido passado para ele após o ator Christopher Reeve – intérprete do herói no cinema – ter ficado paraplégico. As provas eram fotos do advogado, ainda criança, em um carrossel, com uma camisa do Flamengo e um tênis do Superman.
Na ocasião, Aldebaran pediu reconhecimento por parte do Flamengo e também da Warner Bros e da DC, além do direito de passar a viver o Homem de Aço nos filmes. O processo seguiu sob ameaças de que as empresas teriam sérios prejuízos na bolsa de valores após a derrota do Superman, mas foi indeferido.
Fonte: Igor Miranda
Créditos: Polêmica Paraíba