O deputado federal e candidato à reeleição, Julian Lemos (União Brasil), concedeu uma entrevista ao programa MangabaCast nesta segunda-feira, (5).
Questionado sobre o cenário eleitoral para presidente, Julian avalia que a polarização está ‘muito intensa’. Apesar disso, ele contou sobre sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL), a partir das últimas eleições, em 2018. “A facada viabilizou mais ainda para a vitória dele em 2018 e eu me tornei um amigo do presidente. E ainda sou.”
Atualmente, o deputado rompeu com o presidente e explica que o afastamento foi devido as atitudes dos filhos do mandatário da República. “Nunca tive um problema com Bolsonaro. Ninguém nunca viu ele dizer nada sobre mim. Sempre parte dos meninos (filhos) dele. A gente tinha uma amizade. Eu tenho tudo registrado. A forma carinhosa. Ele viajando de carro comigo. Ele me chamou no Palácio do Planalto mas não era mais a mesma coisa.”
“Se Bolsonaro gostar de você, você tá na linha de tiro dos meninos. Ele se calou diante das atrocidades dos meninos. Eles vieram pra cima da minha família e da minha honestidade. Eles nunca tiveram limite de expor alguém ao ridículo. Bolsonaro me disse: ‘Não responda não porque eu não tenho controle’. Ele é uma pessoa de relações familiares completamente desajustadas”, revelou.
Em detalhes, Julian fala sobre os filhos do presidente e faz críticas. “O senador Flávio é o mais político. O deputado Eduardo é o mais vaidoso. Gosta de tá em evidência constantemente. E o vereador Carlos é ‘dodói da cabeça’. Ele tira as senhas das redes sociais do pai.” Eles não sabem o que arrocho na vida. Tudo na ‘aba’ do pai. Poder não dá pra todo mundo.”
“Tenho memórias muito bonitas com ele (Bolsonaro). Nunca tive problema com ele mas meu combinado não tava em ser saco de pancada dos meninos. Bolsonaro errou comigo nisso.”
Caso Bolsonaro ganhe as eleições deste ano, Julian reafirma apoio ao presidente. “Não tenho nada contra e se ele for reeleito, vou ajudar ele”, afirmou.
“Aqui não tem ninguém por amor por Bolsonaro. Todo mundo recebe muito alto. Tudo que um prestígio do presidente pode dar. Eu nunca recebi nada, nem respeito. Mas fui o único que votei a favor do voto impresso pra ajudar ele. Como que eu sou traidor?”, relembra.
“Eu sou da direita. Eu sou mais bolsonarista que o próprio Bolsonaro. Ele não se corrompeu mas pra que ele pudesse governar, ele teve que mudar o discurso dele”, disse acerca das polêmicas envolvendo o presidente.
Julian explica que a sua relação com o governador João Azevêdo (PSB) é totalmente institucional. “Só tenho elogio a ele pois cumpriu o que falou. Pegou o dinheiro da emenda e aplicou. Ele me respeita mas nunca teve relação comigo. Tive quatro vezes com João e fui falar sobre a questão dos direitos dos policiais. Dei a ideia a ele de dobrar o valor do salário mas está nas mãos de outra pessoa. Nunca tive do lado de João, e sim, dos policiais. Nunca um deputado federal, em todo brasil, fez o que eu fiz. Se o eleitorado radical de Bolsonaro não entende isso, eu vou fazer o que?”, conta. Entretanto, Julian declara que irá votar em Pedro Cunha Lima neste ano.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba