Ambar, namorada do homem preso na noite de ontem após ameaçar a vice-presidente argentina Cristina Kirchner com uma arma, disse ontem que não achava que o companheiro “conseguiria fazer algo assim”. O responsável pelo ataque foi identificado pela polícia como o brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos.
Segundo informações do Canal 5 Notícias, a mulher também negou, em entrevista à Telefe, que soubesse que o namorado iria praticar a ação e completou esclarecendo que eles namoram apenas há um mês.
“Fiquei espantada. Não pensei que ele conseguiria fazer algo assim. Eu tinha amigos e nenhum deles me chamou a atenção [sobre atitudes do Fernando]”, disse a namorada do acusado à Telefe.
Ambar, que trabalha como ambulante, declarou ainda que nunca viu as munições encontradas pela polícia no apartamento do acusado.
Em entrevista, a namorada e amigos do homem ainda comentaram as tatuagens nazistas e as publicações de extrema-direita feitas por Fernando nas redes sociais. “As tatuagens são tatuagens e o fato de serem nazistas não significa que somos nazistas.”
A mulher e os amigos de Fernando também disseram que estão sendo ameaçados após o ataque à vice-presidente argentina.
Quem é o suspeito?
O suspeito de apontar a arma para a cabeça da vice-presidente foi identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, brasileiro de 35 anos. Segundo o jornal Clarín, Fernando está na Argentina desde 1993 e trabalhava como motorista de aplicativos.
De acordo com informações da polícia, a partir das redes sociais do acusado, ele possui tatuagens com símbolos nazistas.
Nas suas redes sociais, que foram tiradas do ar após o ataque, ele se identificava como Fernando ‘Salim’ Montiel e era seguidor de grupos como “comunismo satânico”, entre outros “ligados ao radicalismo e ao ódio”, como definiu o portal do jornal La Nación, de Buenos Aires.
As fotos de Fernando estão em destaque nos portais de notícias e nas emissoras de televisão da Argentina, que recordam ainda uma aparição recente feita por ele em uma reportagem realizada pela Crónica TV nas ruas de Buenos Aires. “O que ajuda é sair para trabalhar”, diz diante da câmera.
O brasileiro tem antecedentes por porte de armas não convencionais, datado de 17 de março de 2021. Na ocasião, ainda de acordo com a publicação, um policial percebeu que um veículo estacionado — um chevrolet prisma preto — estava sem a placa traseira. Quando Fernando abriu a porta do motorista para buscar a documentação, uma faca de 35 centímetros de comprimento teria caído. Ele, porém, argumentou que estava carregando a arma para se defender.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba