A distribuição de recursos para campanha eleitoral, na Paraíba, continua rendendo desgastes internos entre candidatos e as direções estaduais dos partidos. Além da ausência de repasses para alguns postulantes, que após duas semanas do início da campanha ainda não tiveram a garantia de recursos para suas atividades, outra queixa diz respeito aos critérios utilizados para a divisão desses recursos.
Um exemplo desses questionamento ocorre nos bastidores do PSD, presidido na Paraíba pela senadora Daniella Ribeiro. Na chapa de deputados estaduais, há candidatos que ainda não tiveram repasse de recursos, enquanto outros tiveram uma quantia não suficiente para os gastos com atividades de campanha.
Em contra-partida, a ex-secretária de articulação política do Governo do Estado, a ex-deputada estadual Eva Gouveia, já recebeu R$ 1,2 milhão de verbas do partido. Ela é vice-presidente da legenda na Paraíba e tem uma atuação próxima à da senadora Daniella Ribeiro, sendo dela uma das aliadas mais próximas.
Um levantamento feito pelo Polêmica Paraíba aponta que outras candidatas mulheres, como Amanda Virgínia, Cabo Adriane e Djayne Carvalho não receberam nada em recursos para a campanha. Já o candidato Emerson Machado (PSD), repórter de televisão, tem R$ 140.000 em recursos, dos quais apenas R$90.000,00 é oriundo do fundo partidário.
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Critérios para distribuição de recursos
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as agremiações são livres para arbitrar os critérios que adotarão para distribuir os recursos entre os candidatos. Contudo, elas não podem deixar de atender às determinações da legislação eleitoral sobre a destinação de, pelo menos, 30% dos recursos para candidaturas femininas e a observância da proporcionalidade de candidatas e candidatos autodeclarados negros. Este ano, os 32 partidos existentes no país receberam R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
