O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou o planejamento do orçamento de 2023 e vazou a informação que o pagamento do Auxílio Brasil aos beneficiários será de R$ 400 por mês. A ala política se irritou com a notícia e rapidamente procurou o mandatário para tentar impedir com que o assunto cresça e seja usado por adversários.
O programa se tornou a principal aposta de Bolsonaro para conquistar o eleitorado que ganha até dois salários mínimos (grupo representa 51% dos eleitores) e, nas entrevistas que participou, o chefe do executivo federal prometeu que o valor de R$ 600 será mantido, caso ele seja reeleito.
A quantia paga atualmente é uma grande vitória da ala política, já que a equipe econômica liderada por Paulo Guedes sempre defendeu que o valor não passasse dos R$ 300. Porém, após muitas negociações, o desejo do ministro acabou não prevalecendo e o reajuste foi dado.
O Congresso aprovou o novo valor apenas até dezembro, o que gerou rumores de que, se Bolsonaro for reeleito, ele não dará prosseguimento ao programa, o que foi desmentido por ele e seus aliados.
Só que, nesta terça-feira (23), a jornalista Renata Agostini, da CNN Brasil, noticiou que o governo trabalha com o planejamento do orçamento de 2023 e o Auxílio Brasil está sendo programado para custar, ao mês, R$ 400 por beneficiário. A informação foi confirmada pela reportagem do Portal IG.
Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, se manifestou publicamente e não escondeu sua irritação. Ele procurou o presidente da República e recebeu autorização para tratar do assunto dentro do governo. A ordem dada é para que todos digam que o pagamento será de R$ 600.
A ideia é afirmar que o orçamento é apenas uma previsão e que, após a eleição, serão feitas negociações e ajustes para que o valor do Auxílio Brasil fique no que é pago atualmente.
O ministro da Casa Civil demonstrou descontentamento com o vazamento e não está descartada uma espécie de “caças às bruxas” para saber quem passou esses dados para a imprensa.
Fonte: IG
Créditos: IG