A Justiça do Paraná negou no último sábado (13), um pedido de habeas corpus (HC) para reverter a prisão preventiva do policial penal federal Jorge Guaranho, réu pela morte do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, ocorrida em Foz do Iguaçu (PR), no dia 9 de Julho, no aniversário do petista. Os advogados de defesa de Guaranho alegam que a prisão é ilegal.
O bolsonarista chegou na madrugada de sábado, 13, ao Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, após a Justiça revogar sua prisão domiciliar no dia anterior. O crime ocorreu na festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda, em um salão decorado com as cores do Partido dos Trabalhadores (PT) e com bandeiras do ex-presidente Lula. Guaranho é apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e sócio da Associação Recreativa Esportiva Saúde Física (Aresf), onde ocorreu a festa. Ele soube da decoração, após integrantes da diretoria e com acesso às câmeras de segurança, mostrarem as imagens para o policial penal em um churrasco, próximo do aniversário.
Ao negar o HC, desembargador Xisto Pereira refutou no despacho todas as argumentações oferecidas pela defesa, inclusive a de que Jorge Guaranho não apresenta riscos à ordem pública. O relator chegou a citar “as eleições que se avizinham”, entre os pontos citados para a manutenção do réu no complexo penal.
“O crime em tese praticado causou enorme e concreta repercussão social, até mesmo internacional, fazendo-se necessário o acautelamento da ordem pública. A intolerância, motivada por exagerada paixão, não pode ser aceita e deve ser coibida pelo Poder Judiciário, tendo em vista as eleições que se avizinham e o conturbado panorama do atual processo eleitoral, sob pena de consequente sensação de impunidade, que poderá gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”, descreve o documento.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: GH