O FBI executou mandado de busca na mansão de Donald Trump em Palm Beach, na Flórida. Os agentes federais procuraram documentos confidenciais que podem ter sido levados para a casa do ex-presidente em Mar-a-Lago. Trump diz que o resort foi invadido.
“A minha linda casa, Mar-A-Lago, em Palm Beach, na Flórida, está atualmente sitiada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI” adiantou Trump, em comunicado divulgado ontem (8).
Trump estava em Nova York, na Trump Tower, quando ocorreram as buscas. Ao confirmar a presença dos agentes federais, ele classificou o incidente como ataque não anunciado. “Até arrombaram meu cofre”, disse, sem citar o que foi levado.
“Depois de trabalhar e cooperar com as agências governamentais relevantes, essa invasão não anunciada em minha casa não era necessária ou apropriada” acrescentou.
O mandado de busca foi executado às 18h (horário local) e, de acordo com o jornal The Guardian, está relacionado a uma investigação que envolve Trump e a remoção ilegal de documentos confidenciais da Casa Branca para Mar-A-Lago, depois de encerrar as funções como presidente.
A busca começou na manhã desta segunda-feira, e os agentes dedicaram-se à área do clube onde estão os escritórios e aposentos pessoais de Trump. O The New York Times informa que os agentes federais, ao vasculharem a casa, removeram caixas de documentos confidenciais.
As buscas foram autorizadas por um juiz federal em West Palm Beach e executadas pelo FBI, já que foi possivel estabelecer uma causa provável de que Trump mantinha ilegalmente registros oficiais da Casa Branca na residência da Florida. Ou seja, um crime estava sendo cometido.
Fontes próximas do Departamento de Justiça afirmam que, em janeiro, enquanto a Administração Nacional de Arquivos e Registos (Nara) se preparava para transferir a documentação da Casa Branca de Trump para a comissão da Câmara que investigava a invasão do Capitólio em 6 de janeiro, descobriu-se que cerca de 15 caixas de materiais foram levadas indevidamente para Mar-a-Lago.
Trump atrasou a devolução de 15 caixas de material solicitadas por funcionários do Arquivo Nacional. Também era conhecido, durante todo o seu mandato, por rasgar documentos oficiais que deveriam ser mantidos para os arquivos presidenciais. A própria presença de registros do governo no resort é crime em potencial, de acordo com ex-funcionários do FBI que falaram com o Guardian.
Para o ex-procurador-geral interino dos EUA, Matthew Whitake, a busca de hoje torna provável que Trump seja alvo de uma investigação criminal do Departamento de Justiça. Ele sugere que o advogado oriente Trump sobre possível prisão.
Nem o FBI, nem o Departamento de Justiça comentaram as buscas. A Casa Branca afirma que não sabia previamente da operação do FBI.
Fonte: Agência Brasil EBC
Créditos: Polêmica Paraíba