Bruno Filho
Estamos nos encaminhando para o terceiro dia deste ritual cansativo e na minha opinião desnecessário que precede a escolha do Papa na Cidade do Vaticano. Neste mundo extremamente globalizado, temos que ficar com o pescoço erguido olhando para uma chaminé no intuito de saber qual é a cor da fumaça que por lá será expelida e em que momento.
Qual é o motivo disso ? O que o mundo ganha com este chatíssimo modo de anunciar a escolha de alguém ? São mais de 100 homens enclausurados dentro de uma sala, fazendo sei lá o que, votando e pasmem…disfarçando a caligrafia para não serem reconhecidos até que se chegue a um consenso de quem será o humano que vai dirigir os destinos da Igreja.
Há milhares de anos concordo que a cena deveria ser mesmo assim glamurosa, época em que a Igreja realmente reinava absoluta e pregava a todos que…” dos pobres seria feito o Reino dos céus”, talvez numa alusão de que assim não teria que dividir os seus bens com a população. Ou seja, seja pobre nesta terra e serás rico no paraíso.
Absoluta falta de critério, pois conhecemos gente rica materialmente que é rica de espírito também, como conhecemos pobres materialmente que são pobres espiritualmente também. Não tem nada a ver classificar classes sociais como possíveis donas dos melhores lugares na eternidade. Não imagino que Jesus tenha pautado sua vida desta maneira.
Então somos obrigados a ficar em frente a uma televisão ou na Internet olhando para ver a que horas a tal fumaça vai subir. Ora, faça-me o favor. Temos é que discutir o que levou o Cardeal Ratzinger abandonar o papado. Qual teria sido o verdadeiro motivo da sua renuncia além da saude debilitada. O que ele realmente viu lá dentro que o deixou totalmente combalido.
Este deveria ser o assunto diario e não a chaminé. Seja lá qual for o Papa, terá trabalho para reagrupar o seu desconfiado rebanho, pois uma coisa era ser Para na Idade Média outra coisa é ser Papa e conviver com Facebook e Twitter. Alto lá aqueles que pensam que uma pomposa roupa vermelha ou branca acompanhada de um grande chapéu pontudo assusta ou tranquiliza a população.
Enquanto isso não há “fumaça” nos tribunais aonde um tal Mizael assassino ainda quer botar o queixo de fora. Num outro Tribunal aonde um tal Bruno que deu os restos da amante para os cachorros comerem ainda tem coragem de chorar diante da Biblia, e outros tantos casos que por ai rolam. Querem mais, não há fumaça que suporte a tal Boate Kiss…
Estão querendo saber agora quantas pernas cabiam em tantos metros quadrados, e quantos braços passariam numa janela. Vai ver se eu estou na esquina.Foram 241 vidas ceifadas e outras tantas famílias que tiveram as suas liquidadas pela infelicidade da perda de entes queridos na maioria jovens. Providencias devem ser tomadas já, esqueçam inqueritos para ganhar tempo.
Outro assunto aonde não sai “fumaça”, é deixar o Corinthians voltar a jogar com torcida no Estádio. Não deveria deixar jogar nem com torcida e nem sem torcida. Deveria eliminar, ai aprenderiam a parar de subsidiar marginais em viagens internacionais, usando uma camisa qualquer e se intitulando “Bando” sei lé de que. Continuando assim vamos muito mal. Sem credibilidade.
E os condenados do mensalão ? Já foram para a cadeia ? Afinal o julgamento aconteceu no ano passado, as penas foram determinadas e então ? Quando veremos as algemas colocadas, já que se roubarmos um frizo num pequeno mercado descemos direto para as celas do presídio e eu ainda não vi ninguém encarcerado. Que dia isto ocorrerá ?
Quando queremos firmeza em algo, como na Igreja, uma das ultimas instituições que ainda respeitamos ou respeitavamos, deparamos com pedofilia, um numero enorme de senhores da terceira idade, que na maioria são conservadores ao extremo, fechados dentro de uma sala, esperando para soltar uma fumaça branca. É dose para “mamute”, não aguento. Deus por favor me perdoe !
Bruno Filho, jornalista e radialista, inconformado…pelo menos isso !
Twitter:BrunoFComenta
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