O dilema da saúde

Marcos Tavares

Oferecer saúde e assistência médica a todos os cidadãos é um dever do Estado garantido pela Constituição, mas, como nesse país leis são letras mortas, a saúde pública é e continua um caos de onde ninguém consegue escapar. Isso forçou o cidadão brasileiro a ter de pagar um plano de saúde particular para não morrer na fila de espera. Mais de metade da população economicamente ativa do país, paga – isolado ou empresarialmente – um plano de saúde já que contar com o SUS é uma roleta-russa onde o paciente acaba sempre perdendo, seja pelos prazos longos para ter assistência de médicos, seja pela baixa qualidade do serviço oferecido.

Acontece que os planos, em vez de uma solução, se transformam em outro transtorno. Na sua maioria, eles negam aos segurados todos os direitos legais que somente podem ser conseguidos a fórceps através de decisão judicial. Atendendo mal, pagando uma miséria aos profissionais, os planos de saúde estão longe de ser uma solução como atestam os péssimos serviços prestados pela Unimed aos seus segurados aqui na Paraíba. Através de contratos leoninos, eles negam ao paciente quase todos os procedimentos médicos modernos e reduzem seus gastos ao essencial independente da necessidade dos doentes.

Fica, pois, o cidadão brasileiro nesse dilema. Se espera pelo governo, morre de esperar. Se resolve ter seu próprio plano, quando adoece descobre que seu plano não valia nada, não cobre nada e que todo o tratamento terá de ser custeado com o parco salário médio dos brasileiros. Não é à toa que os planos de saúde são recordistas de reclamações no Procon e que a saúde pública seja o calo de todo gestor, pois nenhum dos dois funciona. Entre morrer gratuitamente num corredor do SUS ou morrer pagando enquanto seu plano contesta seu tratamento, resta ao brasileiro um chá, providência secular para todos os males.

Aposta

O senador Cícero Lucena faz uma perigosa aposta para a próxima eleição. Ele joga todas as suas fichas num possível rompimento entre Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho.

Caso isso não aconteça, é bem provável que os tucanos marchem outra vez na sombra de Ricardo, o que deixaria Cícero numa situação incômoda para pleitear sua recondução ao Senado.

Seria como na eleição passada, quando Cícero publicamente declarou seu apoio a Maranhão investindo contra o aliado de seu partido Ricardo Coutinho.

É uma tática perigosa.

Fora

Agora é Iraê Lucena ameaçada de expulsão pelo grupo Maranhão que comanda o PMDB na Paraíba.
Nesse diapasão, o PMDB vai terminar com Maranhão e seu sobrinho, já que ele espanta todos os antigos companheiros com sua política totalitária.

Por conta disso, o PMDB está em vias de perder Wilson Santiago, barrado em todos os cargos da majoritária do partido e ansioso por espaço em novas legendas.

É o bloco do eu sozinho.

Aceitação

Os que militam nos direitos humanos têm boas intenções, mas o hábito de ignorarem as vítimas e prestigiarem os agressores vem colocando a opinião pública contra o movimento. É hora de repensar.

Pancadas

Enquanto Romero Rodrigues tenta azeitar as relações entre a Prefeitura de Campina e o Governo, seus secretários disparam contra Ricardo.

Primeiro foi Guilherme Almeida, e agora é Gilbran Asfora.

Contas

O TCE determinou que o ex-prefeito Veneziano Vital pague mais de R$ 7 mil de multa por contratos irregulares.

Desde sua saída da Prefeitura, Vené só pega abacaxis.

Grossura

Parece que esse tal “pente fino” que se faz nas penitenciárias não é assim tão fino.

Em todas as revistas são encontrados celulares, facas, espetos e tudo mais que a bandidagem usa nas celas.

Felina

Muito grave a denúncia de que a Energisa estaria, ela própria, forjando ligações clandestinas para auferir multas.

Se realmente a empresa é a autora desses “gatos” deve ser penalizada na forma da lei.

Apostas

Esse país é feito de pândegos.

Até eleição de papa termina em “bolão” com direito a apostas e tudo.

Frases…

Medicinal – A junta médica é ideal. Ao menos dissolve o erro.

Opiniões – Os outros têm o péssimo hábito de pensar diferente da gente.

Odioso – O número de inimigos que se deve ter depende da capacidade de odiar de cada um.