Eleições 2022

Impedido de usar redes, Zé Trovão anuncia candidatura pelo Telegram

Apasar de estar proibido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de usar redes sociais, o caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, deu início à divulgação de vídeos de cunho eleitoral, por meio do Telegram. Ele aparece anunciando sua candidatura a deputado federal pelo PL de Santa Catarina e divulgando apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos candidatos no estado.

No sábado, Zé Trovão divulgou dois vídeos: o primeiro se anunciando como candidato e outro, com a participação do presidente, apontando o senador Jorginho Mello e o ex-ministro da Pesca, Jorge Seif (PL), como nomes do partido ao governo do estado e ao Senado, respectivamente.

No vídeo, Zé Trovão ainda apresenta a candidata a vice na chapa de Jorginho Mello, a ex-delegada Marilisa Boehm (PL).

Vaquinha
Neste domingo, o caminhoneiro voltou ao Instagram para divulgar um canal de apoiadores seus e ainda um endereço de sua vaquinha virtual para financiamento de seu nome à Câmara dos Deputados.

Às 13h30 deste domingo, 7 pessoas já haviam contribuído e a vaquinha já somava R$ 1.500. Toda movimentação ocorre, no entanto, sem que o pedido de registro de candidatura de Zé Trovão tenha sido computado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Restrições
Em setembro do ano passado, Zé Trovão teve a ordem de prisão expedida pelo STF, quando tentava mobilizar caminhoneiros e manifestantes para que participassem dos atos bolsonaristas, que tinham pautas antidemocráticas, como o fechamento do próprio Supremo, e estavam marcados para o feriado da Independência.

Na época, ele fugiu para o México e sua defesa tentou vários habeas corpus, que foram negados pelo STF rinteradas vezes. Ele responde processo por ter instigado, por meio das redes, atos com pautas antidemocráticas no ano passado, cujo inquérito ainda encontra aberto no STF.

Em fevereiro deste ano, Moraes concedeu a ele o direito de cumprir prisão domiciliar, mas impôs restrições, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar as redes sociais. “Verifica-se que as circunstâncias fáticas que motivaram a necessidade de decretação das prisões domiciliares já não se mantêm, constando dos autos que os investigados vêm cumprindo regularmente todas as medidas cautelares impostas”, escreveu Moraes na decisão.

Fonte: polêmica paraíba com Metrópoles
Créditos: Polêmica paraíba