opinião

A reportagem do JH sobre o transporte coletivo nas capitais - Por Mário Tourinho

JH, claro, corresponde ao “Jornal Hoje” que a TV Globo nacionalmente exibe de 2ª feira ao sábado, pelas 13h30. E foi na edição da 2ª feira 18 de julho corrente que mencionado telejornal exibiu reportagem sobre a qualidade (melhor dizendo: a má qualidade) do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte (BH), comparando-o, inclusive, com os de outras capitais brasileiras. E ficou evidente que em BH esse serviço de transporte coletivo está muito longe de nivelar-se ao prestado em João Pessoa e Campina Grande!

JH, claro, corresponde ao “Jornal Hoje” que a TV Globo nacionalmente exibe de 2ª feira ao sábado, pelas 13h30. E foi na edição da 2ª feira 18 de julho corrente que mencionado telejornal exibiu reportagem sobre a qualidade (melhor dizendo: a má qualidade) do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte (BH), comparando-o, inclusive, com os de outras capitais brasileiras. E ficou evidente que em BH esse serviço de transporte coletivo está muito longe de nivelar-se ao prestado em João Pessoa e Campina Grande!

Com esta referência que fazemos aos sistemas de João Pessoa e Campina Grande, não pretendemos enfatizar que aqui, em referidas cidades paraibanas, o transporte coletivo esteja “nota 10”. Não! Não está!… Entretanto, comparados com os serviços prestados em muitas capitais brasileiras, como em BH, aqui estamos se não no patamar de “bom” (que já foi), mas podemos qualifica-lo como “razoável”.

Não se surpreenda, leitor(a), por termos dito – como dissemos – que aqui, em João Pessoa, já alcançamos o patamar de “bom” em relação à qualidade do transporte coletivo. E essa referência foi extraída de pesquisa nacional, realizada por uma empresa de São Paulo, que auscultou os usuários  do transporte coletivo urbano de todas as capitais brasileiras. Nessa pesquisa a conceituação boa/ótima respondida pelos usuários de João Pessoa foi a mais alta dentre todas as capitais brasileiras, inclusive superando a conceituação de boa/ótima atribuída pelos usuários de Curitiba para com seu sistema!

Todavia, referindo-nos especificamente à reportagem do JH sobre o transporte coletivo de Belo Horizonte, eis que nela estão denunciados, além sobretudo da superlotação dos ônibus, a questão do envelhecimento da frota, com idade média de quase 11 anos, embora a BHTrans (a SEMOB de lá) justifique que um ônibus urbano esteja em condições de operar, satisfatoriamente, com até 18 anos de uso, dependendo tão só de ter regular manutenção. (E é pertinente aqui registrar que a idade média da frota de João Pessoa, que já foi mais nova, hoje se situa no patamar de 7 anos).

Naquela reportagem ainda foram denunciados, com registros em vídeos gravados por usuários, “passageiros segurando  a porta do ônibus para que essa porta não caia”, “um cabo de vassoura sendo usado para manter a porta fechada”, “um simples arame para segurar a porta”, “afora ônibus seguindo a viagem com portas abertas”.

Também nessa mesma matéria foi mostrada a situação das tarifas cobradas aos passageiros em algumas das capitais brasileiras, valendo aqui observar que a de São Paulo, de R$ 4,40, tem valor real (tarifa técnica) de R$ 7,85… Quer dizer: essa diferença de R$ 3,45 é bancada (subsidiada) pela Prefeitura paulistana, que, somente no exercício de 2021, comprometeu R$ 3,3 bilhões de seu orçamento com esse subsídio (repasse às empresas operadoras como complementação da tarifa paga diretamente pelos passageiros).

Nosso sistema de transporte coletivo urbano, aqui na Paraíba, não está tão satisfatório como o desejado pelos passageiros e pelos próprios empresários do setor!… Mas, o conceito de “razoável”, que atualmente detém, é bem acima que na maioria das capitais brasileiras!

Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba