Marcos Tavares
Pode-se medir o grau de desenvolvimento de uma civilização pelo destino que ela dá aos seus dejetos. Historicamente, grandes civilizações sempre deram atenção aos rejeitos do nosso corpo, enquanto os menos civilizados pouca ou nenhuma atenção davam a esse problema. Roma, o maior império da antiguidade é uma prova disso. Eles tratavam de modo cuidadoso o ato de ir ao banheiro e construíam privadas higiênicas, montadas em pedra ou madeiras e enormes aquedutos que traziam a água para assepsia. Usavam uma espécie de esponja encontrada no mar para limparem seus corpos e mesmo durante os deslocamentos dos exércitos isso era respeitado.
Veio a Idade Média e suas trevas e o mundo esqueceu toda a sabedoria clássica passando a chafurdar na lama. Faziam-se as necessidades fisiológicas nas ruas e os grandes castelos dispunham apenas de buracos por onde caíam fezes para o fosso. As cidades não tinham saneamento, o que provocou uma revolta em Londres pelo cheiro ruim que toda a cidade e o Tâmisa exalavam. Parecia que os homens tinham regredido dos grandes banhos romanos para a imundice que campeava nos estreitos becos medievais onde homens, esterco e animais disputavam o mesmo espaço.
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Foi preciso que chagássemos ao século dezenove e víssemos várias epidemias de cólera dizimar cidades para que outra vez o homem se preocupasse com sua toalete. Os nobres deram o exemplo construindo requintadas privadas e criando sistemas de encanamento por onde os dejetos escoavam. Londres foi a primeira cidade a ter um sistema de esgotos, tão eficiente que funciona até hoje. Daí para o nascimento da descarga automática foi um pulo e hoje a maior parte do mundo trata seus resíduos com cuidado não só por civilização como por razões sanitárias.
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Dirceu – o do mensalão – apressou-se em dizer que a presidente Dilma foi mal interpretada ao dizer que “se faz o diabo durante a campanha”.
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Semelhanças – A diferença entre assalto e furto é que do furto você sai vivo.
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Dominical – Segunda sem o Papa. O diabo anda solto…
