Anderson Salgueiro, o dirigente que esfaqueou o jogador de futebol João Guilherme Clemente da Silva no município de Pilar, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, 14, duas semanas depois do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Ronílson Medeiros.
“Ele informou que naquela manhã barrou o Cabelinho na entrada do ônibus do clube e avisou que ao atleta estava desvinculado da equipe. Segundo o relato do empresário, Cabelinho teria falado que não era menino e que o caso não ficaria assim, posteriormente jogando um copo de café no empresário. A partir disso, o empresário confirmou que foi na cozinha, se armou e correu atrás do atleta, que caiu e foi esfaqueado pelo empresário”, relatou o delegado.
A vítima é atleta do FF Sport Nova Cruz e foi atingida com golpes de faca após uma briga com Anderson, que trabalhava como gerente de futebol do clube alagoano. A confusão teria sido iniciada por causa da ida do jogador a uma festa, o que não era permitido pelo clube. “Ele [Anderson] disse que ficou muito chateado com Cabelinho, porque foi ele quem trouxe o jogador para o time”, contou o delegado.
Foi descoberto também que Anderson Salgueiro estava com um mandado de prisão em aberto, do estado de Pernambuco, por crime de roubo. O dirigente, portanto, deve ficar preso por causa dos dois mandados contra ele.
O advogado de Anderson, Cledson Calazans, reforçou a versão de que o dirigente só praticou a agressão após ter sido atingido com café quente. “Desde o início, quando ele me procurou, ele demonstrou bastante arrependimento e explicou que agiu pelo momento. Ele também me disse que só agiu após ser agredido pelo atleta, que teria jogado um um copo de café quente na direção dele. Então, ele revidou a agressão. Após todo o fato acontecer, alguns atletas correram atrás do meu cliente e, ele com medo de ser agredido, passou algum tempo na casa de algumas pessoas em Maceió”, disse o advogado.
Sobre o mandado de prisão em aberto expedido pela justiça de Pernambuco , o advogado disse que apenas tomou conhecimento do caso já na delegacia. “O meu cliente disse que, à época, o pai dele tinha sido surpreendido por policiais de Pernambuco que o acusaram de roubo. Ainda segundo o meu cliente, o pai dele teria contratado um advogado e achava que a situação já estava resolvida”, contou o advogado, sem dar mais detalhes do caso.
João Guilherme recebeu alta médica do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, seis dias após ser esfaqueado e já foi ouvido pelas autoridades. Ele disse que vai repousar na casa da família e a previsão é de que fique fora dos gramados por cerca de seis meses, enquanto se recupera dos ferimentos na barriga, no pescoço e no braço.
Fonte: TNH1
Créditos: Polêmica Paraíba