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Mulheres: a representatividade política só depende de vocês! - Por Mário Tourinho

Na sociedade brasileira, de modo geral, há setores em que a pouca representatividade das mulheres continua dependendo dos homens, porquanto eles são maioria no direito e contabilização dos votos definidores dessa representação. Exemplo disto são as Academias, como as de Letras, ou mesmo as de outras áreas, como a de Administração.

Na sociedade brasileira, de modo geral, há setores em que a pouca representatividade das mulheres continua dependendo dos homens, porquanto eles são maioria no direito e contabilização dos votos definidores dessa representação. Exemplo disto são as Academias, como as de Letras, ou mesmo as de outras áreas, como a de Administração.

Na APCA (Academia Paraibana de Ciência da Administração), dentre as 31 cadeiras ocupadas, apenas 9 o estão por mulheres (Emanoela Toscano, Jacqueline Echeverria, Luciana Rabay, Luciane Albuquerque, Nilda Leone, Ozanira Maia, Rosa Gondim, Suellen Fabres e Tereza Renôr).

(Des)Proporção pior é na ABCA (Academia Brasileira de Ciência da Administração), com sede no Rio de Janeiro, e que tem dois paraibanos como membros: Lúcio Mariano Albuquerque e Ney Suassuna. Nesta ABCA, dentre suas 41 cadeiras, somente 5 estão ocupadas por mulheres: Alketa Peci, Gercinha Alves Oliveira, Leyla Maria Felix Nascimento, Maria Darcy Biasi e Maria José Lara de Bretas.

Exemplo “péssimo péssimo” ocorre, porém, na chamada “Academia/Mãe” das Academias brasileiras, que é a ABL (Academia Brasileira de Letras): de suas atuais 36 cadeiras ocupadas só e tão só 5 (cinco) o estão por mulheres: Ana Maria Machado, Fernanda Montenegro, Nélida Pinon, Rosiska Darcy de Oliveira e Zuenir Ventura. Havia uma 6ª, Lygia Fagundes Teles, recentemente falecida, para cuja então cadeira foi eleito nesta quinta feira, 7 de julho, mais um homem (Jorge Caldeira).  E no âmbito estadual, ou seja, na APL (Academia Paraibana de Letras), o (mau) exemplo é parecido: dentre suas 40 cadeiras, só e tão só 6 (seis) estão ocupadas por mulheres (Ângela Bezerra de Castro, Elizabeth Marinheiro, Fátima Bezerra Cavalcanti, Maria das Graças Santiago, Maria Mercedes Pessoa Cavalcanti e Socorro Aragão).

Como dito acima, esses maus exemplos persistem e tendem a persistir por dependerem diretamente dos votos masculinos, que ainda são maioria nas instituições aqui mencionadas, como ocorre em outras associações!

Entretanto, “a mais representativa das representações” corresponde à do segmento político-partidário. E neste segmento não há como as mulheres reclamarem de que estariam sendo prejudicadas ou discriminadas pelos homens. Não! Aqui não cabe reclamação desse tipo, vez que as mulheres são donas da maioria dos votos definidores para o preenchimento dos cargos eminentemente políticos, como os de vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, prefeito, governador e presidente da República!

O próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está realizando campanha com esse chamamento às mulheres e aponta dados que são vergonhosos neste aspecto da participação/representatividade das mulheres: elas são 53% da população; no  âmbito do eleitorado nacional registrado, detém 52%; no entanto, na Câmara dos Deputados, dentre as 513 cadeiras existentes, o Brasil só conta com 77 mulheres (15%). Quadro pior é no Senado, em que das 81 cadeiras só e tão só 8 (10%) estão preenchidas por elas!…

Mais dados em relação aos quais só mesmo às mulheres cabe promover as mudanças necessárias: nos mais de 5 mil municípios brasileiros, apenas 12% têm prefeitas! E as vereadoras são só 16%!

Precisamos mudar esse quadro e fazer valer a igualdade de gênero também e principalmente na Política?!… Por óbvio, sim! E estamos todos dependendo, para essa mudança, das próprias mulheres! Como diz a campanha do TSE, “Mais Mulheres na Política: Pode e o Brasil precisa”!

Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba