Mais uma vez o Treze encontra-se impossibilitado de inscrever novos jogadores em competições profissionais de futebol. O motivo é o não cumprimento de acordos trabalhistas com atletas que passaram pelo Estádio Presidente Vargas nos últimos anos. De acordo com as informações recebidas pelo site, a punição acontece após a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF informar que os acordos realizados entre o clube o atleta Júlio Pacato, que defendeu o Galo na temporada 2019, não foram cumpridos. Com isso, o clube está proibido de registrar atletas profissionais no Boletim Informativo Diário (BID) pelo prazo de seis meses.
Segundo o documento divulgado pela CNRD, dois acordos foram firmados entre o Treze e Júlio Pacato após o encerramento do vínculo do jogador com o clube, sendo o último firmado entre os dias 14 de maio e 25 de junho de 2021, ainda na gestão do ex-presidente Walter Cavalcanti Júnior. O acordo para o pagamento dos direitos ao atleta foi o seguinte: quatro parcelas de R$ 4 mil e uma parcela de R$ 2.646,42, com as partes acordando que, em caso de inadimplência superior a cinco dias do prazo de vencimento, seria aplicada ao clube a sanção de proibição de registro de novos atletas pelo período de seis meses.
Os pagamentos, no entanto, não foram cumpridos no prazo determinado e foi dado ao Treze a oportunidade de provar o cumprimento do acordo, o que não foi realizado, mesmo com os prazos sendo dilatados. Após uma série de solicitações sem retorno do Galo, a Câmara decidiu por aplicar a sanção que lhe compete e proibir o clube de inscrever jogadores por 180 dias a serem contados a partir da última segunda-feira, 4 de julho de 2022.
O que diz o clube?
O advogado Alberto Catão, que deu detalhes sobre os procedimentos a serem adotados a partir de agora pelo Galo da Borborema. Segundo o magistrado, a atual diretoria trezeana já monitorava a situação, mas, por se tratar de uma questão anterior à chegada do novo grupo, não houve tempo hábil para a resolução deste caso em específico dado o grande número de processos que o clube acumula, muitos desses que tiveram de ser encontrados através de busca ativa.
— Estávamos cientes desse processo do Júlio Pacato, mas acabamos por não ter tempo de resolvê-lo ante os mais de 200 processos que tivemos que garimpar em cada um dos tribunais através de busca ativa. A situação em questão não se trata de uma questão processual, mas de um acordo feito na CRND. É um débito de pouco mais de R$ 14 mil, onde houve dois acordos não cumpridos antes do início da atual gestão do clube, mas que estamos tentando resolver administrativamente junto à CBF. Essa punição, de fato, existe, mas, a partir do momento em que houver um acordo entre as partes, a decisão é revogada e poderemos voltar a inscrever atletas — afirmou.
Agora cientes da situação, o Treze, segundo Catão, já traçou uma rota em busca de resolver o caso e voltar a registrar atletas profissionais. O primeiro passo, de acordo com o advogado, é buscar contato com os representantes do atleta, apresentar a situação financeira do clube e, com isso, iniciar as tratativas em torno da quitação da dívida.
— Primeiro precisamos falar com o advogado do atleta, informar a real situação do clube e, com isso, fazermos um novo acordo com o jogador. Resolvendo essa situação com a parte, vamos à CRND para buscar a queda dessa sanção. Já iniciamos os contatos e, tenho certeza que muito em breve essa questão será resolvida — finalizou.
Fonte: Polêmica Paraíba com GE
Créditos: Polêmica Paraíba