Quem, no âmbito da imprensa paraibana – seja colega, seja leitor(a) – não (re)conhece Josival Pereira e sua competência e imparcialidade jornalísticas nas análises que faz sobre os fatos políticos, econômicos e administrativos que afetem o desenvolvimento estadual?!…
Nessa mesma dimensão de Josival Pereira a Paraíba conta com muitos outros jornalistas, a exemplo de Heron Cid, Cláudia Carvalho, Gutemberg Cardoso, Arimatéa Souza, Hermes de Luna, Adelton Alves, Victor Paiva, Clilson Junior, Ruy Dantas… Ih!… São tantos que, se todos aqui os nominássemos, este espaço não seria suficiente!…
Mas, especificamente sobre Josival Pereira e o comentário que fez e que titulou como “Aumentos no preço do diesel impactam gravemente o transporte coletivo”, chama-nos mais a atenção a precisão como ele – Josival – estimou como esse setor “entrou novamente em agonia por causa do aumento do preço dos combustíveis”. Disse mais: – “Tomando por exemplo a cidade de João Pessoa, em que a última reavaliação tarifária ocorreu em fevereiro, quando o principal insumo do setor, o óleo diesel, o litro estava a R$ 4,88 e agora já alcança R$ 6,73… isto corresponde a um acréscimo de R$ 1,85 e representa 42% do valor da passagem do ônibus que está em R$ 4,40”.
Sempre que se fala sobre os R$ 4,40 que os passageiros (sem desconto nem gratuidade total) pagam nos ônibus de João Pessoa, há quem direcione aos programas radiofônicos questionamentos tipo “Como em uma cidade tão maior como São Paulo, em que as linhas são bem mais extensas e obviamente consomem mais combustível, lá o passageiro só paga também R$ 4,40?!…”.
A resposta é simples: – o passageiro realmente está pagando R$ 4,40, mas o valor da tarifa calculada pela SPTrans (a Semob de lá), valor denominado de tarifa técnica, a última divulgada em fins do ano passado já estava em R$ 7,85. O passageiro continuou pagando R$ 4,40 e essa diferença de R$ 3,45 é a Prefeitura que está subsidiando, pelo que no ano de 2021 comprometeu em seu orçamento nada menos do que R$ 3,3 bilhões! E estes fatos tem levado o prefeito paulistano, Ricardo Nunes, a insistir em reivindicar que o Governo Federal assuma e transfira para os municípios os valores correspondentes às gratuidades criadas pelo próprio ente federal, a exemplo das gratuidades dos idosos!
É pertinente, pois, que concluamos este texto com a reprodução do que escreveu Josival Pereira em seu mesmo artigo titulado “Aumentos no preço do diesel impactam gravemente o transporte coletivo”. Diz ele: – “A ideia prevalecente é a de que o sistema não pode mais ser custeado somente pelos usuários, uma vez que há muita gratuidade (a total e a parcial dos estudantes)”. E conclui:
– “Está na hora de os governos, estaduais e municipais, mais se preocuparem com o transporte coletivo nas grandes e médias cidades. Não pelas empresas, mas pelos usuários do transporte coletivo que não podem pagar a conta pela guerra na Ucrânia, paridade internacional no preço do barril do petróleo e a confusão entre Bolsonaro e a Petrobrás!”.
Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Mário Tourinho