A fabricante de roupas esportivas americana Nike está deixando a Rússia, três meses depois de suspender suas operações no país, informou a empresa em comunicado enviado por e-mail nesta quinta-feira (23).
Em 3 de março, a empresa disse que suspenderia temporariamente as operações em todas as suas lojas de propriedade e operadas pela Nike na Rússia em resposta às ações de Moscou na Ucrânia, acrescentando que aquelas ainda abertas eram operadas por parceiros independentes.
Nesta quinta, juntou-se a outras grandes marcas ocidentais, como McDonald’s, ao confirmar que deixará o país completamente.
As empresas estrangeiras que buscam sair da Rússia por causa da guerra na Ucrânia enfrentam a perspectiva de novas leis serem aprovadas nas próximas semanas, permitindo que Moscou apreenda ativos e imponha penalidades criminais.
Isso encorajou algumas empresas a acelerar a saída.
“A NIKE tomou a decisão de deixar o mercado russo. Nossa prioridade é garantir que estamos apoiando totalmente nossos funcionários enquanto reduzimos nossas operações com responsabilidade nos próximos meses”, disse a empresa em comunicado por e-mail.
Para a Nike, que obtém menos de 1% de sua receita da Ucrânia e da Rússia juntas, o movimento é em grande parte simbólico e não material para seus resultados.
A empresa tem um histórico de se posicionar em questões sociais e políticas, desde apoiar o quarterback de futebol americano Colin Kaepernick em sua decisão de se ajoelhar durante o hino nacional como um protesto contra o racismo, até dispensar o astro do futebol brasileiro Neymar no ano passado porque ele recusou a cooperar em uma investigação sobre alegações de agressão sexual.
A mídia russa informou em maio que a Nike não renovou acordos com seu maior franqueado na Rússia, o Inventive Retail Group, que opera 37 lojas da marca Nike na Rússia por meio de sua subsidiária Up And Run.
As ações da Nike subiram quase 1% nas negociações de pré-mercado nos EUA.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba