Presidente George Coelho da Famup, afirma que se a redução do ICMS for aprovada o prejuízo para os munícipios será gigantesco: "Nenhum prefeito é a favor de impostos, mas precisamos sobreviver"

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, George Coelho, ex-Prefeito de Sobrado e Presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraibano (FAMUP), relatou o receio pelo qual os prefeitos estão passando, ao prever o prejuízo com a provável redução do ICMS nos combustíveis, “No primeiro momento essa prometida reposição é para os estados e não para os municípios, e não é nem uma proposta escrita, e sim um acordo verbal, com isso os estados não vão repor os munícipios, eles já tem as suas despesas, e nós vamos acabar tendo um prejuízo muito acentuado.”

” O exemplo de Campina Grande é importante, por ser a segunda maior cidade do estado, ela tem a sua sobrevivência ancorada no ICMS, o FPM é valioso, mas é uma receita muito menor, a projeção é de que se o projeto for aprovado, Campina irá perder em apenas seis meses, 43 milhões de reais, Cabedelo perderia 12 milhões, Cajazeiras 5 milhões e isso é só a projeção. Nenhum prefeito ou prefeita é contra diminuir imposto, mas nós não podemos ser penalizados, a Petrobrás tem um fundo de 50 bilhões e a nossa proposta. é que sejam destinados aos munícipios, 10 milhões, é uma emenda que iria amenizar bastante os prejuízos causados por essa mudança no ICMS.”

Questionado sobre a polêmica dos gastos excessivos em shows nas festas juninas, George orienta os gestores a usarem os recursos de forma consciente, ” A orientação é simples, você não pode usar recursos que prejudiquem saúde, educação e o pagamento da máquina pública, as prefeituras tem índices a cumprir, e nós achamos que essa prerrogativa é de cada prefeito, nós respeitamos o Tribunal de Contas que está nesse momento procurando transparência nesses contratos, mas quando tudo está em dia, esse excesso deve ser usado da melhor forma que cada gestor acredita para o seu município.”

” Vamos usar o exemplo de Bananeiras, o Prefeito está custeando metade da festa e a outra parte vem através da iniciativa privada, a cidade é muito turística durante esses meses, uma cidade que tem 18 mil habitantes, pode chegar a 60,80 mil pessoas atraindo recursos e  investimentos, e é desse jeito com às parceiras privadas, que eu acredito que o São João irá melhorar 100%, pois isso diminui os gastos da prefeitura e traz mais recursos e visibilidade para os municípios.”