O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (7) que, em um eventual caso de desabastecimento de diesel no mercado interno, o Brasil poderá “partir para o escambo”, trocando alimentos por diesel.
“Vou falar um absurdo para você aqui. Podemos partir para o escambo, a troca. Tem país que refina petróleo e tem diesel em abundância, nós temos alimentos. O que é mais importante, alimento (combustíveis) ou comida? Os dois são importantes. Mas a comida é mais importante”, apontou em entrevista ao SBT News.
O chefe do Executivo disse ainda que o país deve voltar à normalidade “em meu entender” — em relação ao abastecimento de combustível — com o fim da guerra da Rússia na Ucrânia.
“Nós alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas mundo afora. Então, nós damos garantia alimentar para nós e para grande parte da população mundial. Então, nós temos como medidas partir, até mesmo, para o escambo. Logicamente, que se esta guerra acabar lá fora, tudo no meu entender volta à normalidade”.
Bolsonaro ainda defendeu a construção de refinarias. “Neste momento, acredito que nós deveríamos colaborar (para) fazer refinarias no Brasil, para daqui a 4, 5, 6 anos não estejamos passando uma crise como estamos passando agora. Se lá fora não tiver refino, vai faltar diesel no mundo todo”, completou.
O presidente também falou sobre a proposta de zerar impostos sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e compensar governadores.
“Uma tremenda de uma proposta apresentamos. No tocante à gasolina, eu vou zerar o PIS, Cofins e Cide, impostos federal, da gasolina. Aí se abaixa imediatamente R$ 0,79 centavos no litro da gasolina. A questão do álcool, vamos fazer a mesma coisa. Não vai ter imposto federal no álcool”.
Já em relação ao diesel, parte da perda de arrecadação dos governadores seria paga pelo Tesouro.
“O que nós propusemos agora? A parte do ICMS que vai para os governadores, não vai mais. Essa parte quem vai pagar sou eu. Você abaixa o preço do combustível na ponta lá. Então, para o diesel a sugestão é essa”, concluiu.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Estado de Minas