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É falsa a informação que One7 é a empresa que administra carreira de Gusttavo Lima - ENTENDA

Postagens que circulam nas redes sociais enganam ao afirmar que a fintech One7 seria responsável por administrar a carreira do cantor Gusttavo Lima e que recebeu R$ 320 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) (veja aqui).

Postagens que circulam nas redes sociais enganam ao afirmar que a fintech One7 seria responsável por administrar a carreira do cantor Gusttavo Lima e que recebeu R$ 320 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) (veja aqui). A empresa que gerencia os shows do sertanejo se chama Balada Music. A One7 tem participação apenas em um fundo de investimento que comprou direitos dos shows do cantor e de outros artistas. Já os R$ 320 milhões citados são relativos a um aporte do banco de fomento em fundo de crédito para empreendedores que a fintech integra, não na própria empresa.

As postagens enganosas reuniam ao menos 12 mil retweets e 2.000 compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (31).

A empresa que administra a carreira do Gusttavo Lima foi criada logo após Bolsonaro ganhar a eleição e se chama One7 (17)!!! Ganharam 1 mamata de R$ 320 milhões do BNDES!! Se investigar direitinho VAI DESCOBRIR MUITA COISA!

Não é verdade que a empresa que administra a carreira de Gusttavo Lima recebeu R$ 320 milhões do BNDES. A firma responsável pelos shows do cantor é a Balada Music, como consta no site de Lima e no Instagram. A One7, mencionada nos posts, é parceira apenas de um fundo de investimentos que detém os direitos dos shows do artista. Já os R$ 320 milhões do BNDES citados se referem a um aporte do banco em um fundo de crédito para microempresas, que conta com a participação da One7.

O fundo no qual a One7 é parceira do BNDES é o XP Brasil MPME, no qual também participam as empresas XP Asset e Acquio. Ele oferece crédito a microempreendedores individuais, pequenos e médios varejistas (que faturam entre R$ 120 mil e R$ 1,2 milhão) e outras pequenas empresas, dos setores da indústria, construção civil, comércio e serviços, (com receita entre R$ 3 milhões e R$ 36 milhões).

Esse fundo reuniu R$ 400 milhões — R$ 320 milhões vindos do BNDES, R$ 60 milhões da XP Asset e R$ 20 milhões da One7. Em nota, o BNDES afirmou que os valores captados “não são direcionados à prestação de serviços artísticos” e que passa por auditorias para conferir se as regras estão sendo cumpridas. Os R$ 320 milhões, portanto, não foram emprestados à One7 nem podem ser utilizados pela empresa.

A relação da One7 com Gusttavo Lima está em outro fundo de investimentos, o Four Even. Ele adianta o pagamento de espetáculos a artistas, com um valor descontado. Depois, recebe a receita dos shows e lucra em cima da diferença. Conforme explicou a One7, o Four Even não é responsável pela administração da carreira de artistas. Além de Lima, o fundo detém os direitos de shows de duplas como César Menotti e Fabiano, de bandas como Sorriso Maroto, Dubzdogs e Vintage Culture, e do cantor Junior Marques.

É correta, porém, a informação de que a One7 foi fundada logo após Bolsonaro ser eleito presidente do Brasil. A fintech foi criada em dezembro de 2018 e possui dois sócios atualmente, segundo a Receita Federal: Everaldo Moreira e João Paulo Boneder Fiúza.

Fonte: Aos Fatos
Créditos: Polêmica Paraíba